Sesi abre festival de dança contemporânea

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A temporada deste ano de dança começa a esquentar a partir de sábado, quando o Teatro Popular do Sesi realiza a primeira edição do Panorama Sesi de Dança, um evento que deve fazer parte da agenda da cidade nos próximos anos. Sete companhias apresentam um total de 12 espetáculos experimentais e que enfocam a pesquisa em dança contemporânea no País. A Companhia 2 do Estúdio Nova Dança abre o festival com espetáculo premiado pela APCA, Toda Coisa se Desfaz, sob a direção de Adriana Grechi. A coreografia está marcada por uma característica do grupo: respeitar o corpo de cada artista procurando desenvolver o potencial e a singularidade de cada um. Toda Coisa se Desfaz é uma pesquisa sobre o movimento - uma idéia é apresentada e cada bailarina desenvolve, por meio de improvisações, a sua parte na coreografia. A seqüência é a mesma, mas com um toque pessoal de cada uma. O pano de fundo é a cidade de São Paulo, o caos de uma metrópole registrado em um vídeo de Wilson Martins. Ainda do Estúdio Nova Dança, a Cia. Nova Dança 4, dirigida por Cristiane Paoli Quito, apresentará Acordei Pensando em Bombas, um projeto que nasceu em 1995, com a companhia, cuja proposta é entender a dança como dramaturgia física. A coreografia se constrói a partir de improvisações, o que resulta em um espetáculo novo a cada apresentação. Nos dias 8 e 9, a companhia Três de Paus promove uma junção de linguagens como a dança, o canto, a percussão e o teatro em Adoniran. Sérgio Rocha, Aguinaldo Bueno e Ricardo Iazzetta pesquisaram o universo de Adoniran Barbosa para produzir esse trabalho que traz a simplicidade, o despojamento e a ingênua malandragem das poesias e sambas do compositor. Renata Melo entra em cena nos dias 10 e 11 com Slices, uma junção de dois solos antigos: Slices of Life e Receba as Flores, com os quais recebeu prêmios da APCA em 1991 e em 1993, respectivamente. A peça está baseada em uma vasta pesquisa do cotidiano e mostra, com muito bom humor, como o movimento da dança clássica se perverte para voltar-se ao contemporâneo. Sob a direção de Ivonice Satie, a Cia. de Diadema apresenta, no dia 15, Trêmaisum, de Henrique Rodovalho, e no dia 16, Rap.xote, de Ricardo Iazzetta. O grupo foi criado em 1995 com a proposta de desenvolver seus espetáculos, da pesquisa até a produção técnica. Outra característica é a interação entre a comunidade e os bailarinos, por meio de oficinas de dança permanentes. A F.A.R 15 mostra, nos dias 18 e 19, uma criação baseada na vida e obra do poeta Augusto dos Anjos. Senhor dos Anjos? reúne os passos do clássico e do moderno com a improvisação, além de técnicas de teatro. Sandro Borelli e Sônia Soares desenvolvem essa pesquisa desde 1997 e foram premiados pelo projeto. O Balé da Cidade de São Paulo levará ao palco Shogun, uma criação da diretora da companhia, Ivonice Satie, que faz uma homenagem ao seu avô e mestre. Também estarão presentes In Pulso, de Henrique Rodovalho, Trindade, de Luis Arrieta, e Paixão, de Débora Colker. Para fechar a programação, Omnibus, do núcleo Omstrab, que promove a unificação de linguagens. Todos os espetáculos têm início às 20 horas, no Teatro Popular do Sesi (Avenida Paulista, 1.313). Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria. 1.º Panorama Sesi de Dança - Quinta a domingo, às 20 horas. Grátis. Teatro Popular do Sesi. Avenida Paulistas, 1.313, tel. 284-3639. Até 25/2.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.