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Série best-seller 'O cemitério dos livros esquecidos' mais perto do fim

Catalão Carlos Ruiz Zafón lança 'O Prisioneiro do Céu', penúltimo volume da coleção

Foto do author Maria Fernanda Rodrigues
Por Maria Fernanda Rodrigues
Atualização:

Em 2001, o catalão Carlos Ruiz Zafón lançou A Sombra do Vento, o volume de estreia da tetralogia O Cemitério dos Livros Esquecidos, que ganhou o mundo e o transformou em um dos maiores best-sellers da Espanha da atualidade. Depois veio O Jogo do Anjo e agora chega às livrarias brasileiras O Prisioneiro do Céu. O derradeiro deve ficar pronto em dois anos. "Será a grande final, a soma de todos os anteriores e a saída do labirinto", adianta Zafón ao Caderno 2. Os livros são interligados, mas podem ser lidos de forma independente e em qualquer ordem. O escritor conta que este terceiro título é o lugar onde se encontram todos os primeiros da série, onde Fermín, que é o centro moral da história, revela um grande segredo que leva o leitor adiante ao mesmo tempo em que o faz voltar no tempo. Em O Prisioneiro do Céu, Daniel, amigo fiel de Fermín e filho do senhor Sempere, dono da livraria onde se passa boa parte das histórias, tem de lidar com o mal e com o sentimento de vingança que crescem dentro dele. Todos os outros personagens escondem segredos e pequenas histórias que podem ter leituras positivas e negativas. Mais ou menos como o que acontece com qualquer pessoa na vida real. "Todos temos segredos, alguns desconhecidos de nós mesmos. Uma das coisas que a literatura faz é ajudar-nos a revelar o que carregamos dentro de nós porque a literatura é o grande livro da vida e nos fala de nossas emoções, desejos e medos e nos dá a chave para entendermos a essência de nossa própria alma." O ponto de partida dessa história, que assim como as outras tem a Barcelona do início do século 20 como cenário, é a visita de um misterioso homem à livraria. Ele, que não aparenta entender de literatura, compra a edição mais rara e cara da loja - um volume de O Conde de Montecristo. Começa aí uma perseguição pelas vielas da cidade e pelas tramas da memória dos que sobreviveram à temporada forçada na prisão de Montjuic. A narrativa vai e volta no tempo, alternando-se entre os anos 1939, 1940 e 1957. Para o autor, a experiência de escrever esta obra foi mais divertida e amena. "Eu vinha do túnel escuro do Jogo do Anjo e agora pude passar um tempo com Fermín, um personagem que traz o melhor da natureza humana e que mostra o caminho da claridade."

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