Série 'Aquanautas' explora universo marinho do litoral

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Por AE
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Explorar o universo subaquático e apresentar espécies remotas do conhecimento público são os ingredientes de "Aquanautas", nova série do canal a cabo NatGeo que estreia sábado, às 23h15. O casal de mergulhadores Ana Paula e Tony Rangel iniciou em janeiro deste ano uma expedição pelo litoral nordestino brasileiro e documentou importantes pesquisas desenvolvidas ao longo dos mais de 6 mil quilômetros visitados."Nossa proposta é falar sobre meio ambiente de uma forma leve, sem parecer um produto ''ecochato''. Unimos a ciência com o entretenimento no intuito de envolver o telespectador dentro de nosso objetivo inicial, que é a preservação ambiental", disse Ana Paula. "Tudo isso com uma pegada bastante aventureira e divertida", acrescentou Tony em entrevista à reportagem."Aquanautas" será dividida em seis episódios, com duração de 30 minutos cada um, o equivalente a 1% de todas as cenas registradas pelo casal. "Gravamos mais de 300 horas e a grande dificuldade foi separar o melhor para ir ao ar, porque tivemos muitas cenas boas", disse Tony.A expedição passou pela Praia do Forte e pelo Arquipélago de Abrolhos (BA), Fernando de Noronha (PE), Costa dos Corais (AL) e Parcel de Manoel Luís (MA), região conhecida como o Triângulo das Bermudas brasileiro por ser um dos maiores cemitérios náuticos do mundo, com mais de 200 embarcações naufragadas. "Apesar de ser um local extremamente perigoso para o ser humano, registramos muitas vidas ali. O comportamento dos peixes também nos chamou a atenção. Eles não nos veem como predadores e se aproximam muito facilmente, pois é muito raro terem contato com a nossa espécie", afirmou Tony. "Mergulhar em Parcel foi difícil, pois exige experiência e preparo físico. As correntezas são muito fortes e a visibilidade nem sempre é boa. Qualquer erro no mergulho pode resultar em uma tragédia", acrescentou Ana.Embora a série tenha como mote o litoral brasileiro, o casal viajou a Galápagos, Costa Rica e África do Sul para comparar algumas espécies registradas. "Acompanhamos um trabalho de coleta científica de animais de profundidade promovida pelo Tamar, na Praia do Forte, e registramos a descoberta de espécies inéditas. Além disso, com o apoio de cientistas, identificamos a proximidade genética desses animais com os que vimos na Costa Rica. Ou seja, há parentesco entre as vidas do Pacífico e do Atlântico Sul", comentou Ana.Um dos episódios é destinado ao mergulho com tubarões. Os aquanautas foram a Fernando de Noronha, local de grande concentração da espécie, mas que não possui registros de ataques a humanos. "Comparamos o comportamento dos tubarões da África do Sul, lugar em que o mergulho com esses animais é atração turística, com os de Noronha, onde o mergulho só é permitido com prévia autorização. Existe um grande mito sobre o instinto assassino do tubarão e nós tentamos mostrar que eles não se veem como predadores, mas apenas como peixes normais", garantiu Tony. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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