
26 de maio de 2010 | 09h38
De fato, logo no primeiro parágrafo, Britto descreve como aceitou, em um impulso, trabalhar como ator em teatro universitário - era 1945 e ele, filho de pais amorosíssimos ("Minha mãe, Alzira, era dominadora, não da maneira cruel de Amanda de O Zoológico de Vidro, de Tennessee Williams, mas tão asfixiante quanto"), sentia a necessidade de se libertar. E, apesar de seguir a recomendação paterna e estudar Medicina, viu no palco o caminho da salvação.
Assim, aos 22 anos, faz sua primeira experiência teatral, interpretando Benvólio na montagem de Romeu e Julieta. Era o início de uma carreira marcante, participando de grandes encenações nas décadas seguintes.
Aos pesquisadores, o livro "O Teatro e Eu" oferece mais detalhes sobre a criação e os bastidores dos grupos e espaços cênicos mais importantes do País - como o Teatro Universitário, Teatro Brasileiro de Comédia, Arena, Teatro dos Doze, companhia de Maria Della Costa, Teatro dos Sete. Aos atores, Britto revela seus principais desafios, como os problemas de audição e com a voz, além dos obstáculos financeiros enfrentados especialmente quando a arte em geral sofreu com corte de verbas durante a presidência de Fernando Collor de Melo (1990-92). E, ao público em geral, detalha momentos particulares de sua vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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