29 de outubro de 2010 | 11h01
Na turma do bem, Selton Mello é o policial novato Dani, que se junta ao esquadrão comandado por Vital (Carlos Alberto Riccelli). Em meio a uma crise pessoal por não poder dar a atenção necessária à mulher, que está grávida, Vital é o herói de sua equipe. Dani, jovem e idealista, vê suas ilusões serem destruídas uma a uma, à medida que o combate entre policiais e bandidos vai ficando mais sangrento, com os criminosos sempre levando vantagem sobre seus amigos da corporação.
Diferentemente de Tropa, "Federal" não se aprofunda nas questões políticas que envolvem policiais, corrupção e tráfico, e mantém o foco na ação. Apesar de ter todos os ingredientes necessários para boas sequências - tiros, perseguições e cenas de sexo -, o filme não chega a ser eletrizante. A história fica confusa, fugas e prisões não são explicadas. Por exemplo, quando a polícia consegue invadir a mansão de Beque e prender seu advogado, o chefão do tráfico escapa. Mas o espectador fica sem saber como, já que o advogado e Beque conversavam tranquilamente na sala, pouco antes de o advogado aparecer baleado.
Os diálogos, cheios de frases feitas - como "Nesse País, é carnaval o ano inteiro" -, também podem decepcionar quem prefere textos mais inteligentes, originais ou maliciosos. Até as cenas de sexo, um tanto fora de contexto, causam estranheza. Para fãs do coronel Nascimento, Dani vai parecer suave demais, mas não deixa de ser divertido ver Selton Mello como um herói sedutor, numa cena quente com a Miss Colômbia, Carolina Gómez, que interpreta uma oficial da embaixada colombiana. As informações são do Jornal da Tarde.
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