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VOA, RICKY, PODE VOAR

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Por Redação
Atualização:

Você nem precisa sair de casa e pode assistir ao trailer de Ricky na internet. Mas, para ver o filme de François Ozon, não baixe internet nem busque cópias piratas. Ricky começa a voar em São Paulo na quinta - as estreias do fim de semana serão antecipadas por causa do feriado prolongado.

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François Ozon é um dos mais prolíficos autores do cinema francês contemporâneo. Pertencendo à geração pós-nouvelle vague, mas não necessariamente pós-moderno nem pós-barroco, Ozon segue uma via particular que lhe tem permitido variar o registro formal (ou de "linguagem") sem deixar de se manter fiel a seus temas, ou a seu tema, já que toda sua obra é percorrida por sentimentos como dor, perda e luto. A morte, afinal, ronda os filmes do jovem Ozon.

Ricky trata da perda, mas poderá ser uma surpresa a forma como o diretor encara o assunto. É um filme sobre família - como a maioria de Ozon. Alexandra Lamy é casada com Sergi Lopez, o casal possui uma filhinha. E aí chega esse menino que, de repente, some do berço. Cria-se o maior alvoroço na casa. Onde está Ricky? Êpa, não é ele ali em cima do armário? E como foi parar lá em cima?

Ricky nasceu com asas (de anjo). Elas lhe permitem voar. Se o filme fosse de suspense, à maneira de Alfred Hitchcock, as asas seriam aquilo que o mestre chamava de "McGuffin", o artifício que lhe permitia ir adiante com suas narrações. Pois o tema, em si, não está nas asas nem no fato de Ricky voar. São ferramentas da história, mas os temas, verdadeiramente, são outros - a perda, a família.

Como? Veja para descobrir. Ricky chega com atraso ao País. O filme de 2009 já foi seguido por outros dois. O Refúgio, que estreou no ano passado, e Potiche, que estreia este ano. O Refúgio tratava da maternidade, Potiche é sobre uma mãe (Catherine Deneuve). Ozon é mais autor do que parece. / LUIZ CARLOS MERTEN

A CASA SUSTENTÁVEL

Projetos de arquitetura, envolvendo o tema da sustentabilidade e pensamento ecológico, são o mote da exposição Morada Ecológica, que o MAM inaugura na terça. A mostra, feita em parceria com a Cité de l"Architecture & du Patrimoine da França, tem curadoria de Dominique Gauzin-Müller, também autora do livro Arquitetura Ecológica (Ed. Senac-SP) a ser lançado na ocasião. A exposição apresenta 50 projetos, assinados por Frank Lloyd Wright, Olavi Koponen (foto) e José Zanine, entre outros. / CAMILA MOLINA

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GINGA BRASILEIRA

Sob a direção de José Possi Neto, a Studio 3 Cia. de Dança apresenta a coreografia Samba, de Anselmo Zolla. E contará com a participação da bailarina Vera Lafer e das cantoras Alcione, Paula Lima, Zizi e Luiza Possi. / ELIANA SILVA DE SOUZA

O SAMBA DE TERESA

Teresa Cristina cantando Argumento, Cafofo da Surica, Marcha das Flores e quetais é um luxo que os cariocas têm a granel, mas os "paulixta" só de vez em quando. É por isso que essa visita da sambista é ocasião de ouro. Uma das mais importantes intérpretes brasileiras da atualidade, Teresa Cristina vive naquela curiosa zona que investe de chiqueza o popular e faz o chique perder a pose, sem desmerecer nenhum dos dois. /JOTABÊ MEDEIROS

HERANÇA VOCAL

Taylor McFerrin faz hip hop, soul e R&B influenciado por música eletrônica. São caminhos diferentes dos de seu pai, o lendário Bobby McFerrin, mas a influência paterna persiste nos scats e beatboxes do filho. / ROBERTO NASCIMENTO

GRÉCIA REVISITADA

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Sappho de Lesbos, peça que o Satyros estreou em 2001, merece agora nova versão. Desta vez, quem assina a direção é Patrícia Aguille, autora que escreveu a história dos últimos dias de Sappho ao lado de Ivam Cabral. / MARIA EUGÊNIA DE MENEZES

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