
12 de dezembro de 2010 | 00h00
Nome original: Oceans. Direção: Jacques Perrin e Jacques Cluzaud. Gênero: Documentário (França-Suíça-Espanha, 2009, 104 min.). Estreia sexta.
O MUNDO DO SILÊNCIO
Ator e produtor, Jacques Perrin faz parte das história do cinema graças a clássicos como Dois Destinos, de Valerio Zurlini, e Z, de Costa-Gavras. Ele coassina com Jacques Cluzaud o documentário Oceanos. Prepare-se para uma experiência rara.
Em sua primeira parceria, O Povo Migrador, sobre os pássaros, a dupla de diretores já havia desenvolvido técnicas especiais justamente para captar, em pleno voo, o povo alado. Dos ares, Perrin e Cluzaud saltam agora para o fundo dos mares, para tentar decifrar o mistério dos oceanos. De quebra, advertem sobre os riscos da poluição que ameaça a vida marítima. Embutida, está a mensagem subliminar. Se a vida começou na água, no mar, o homem não pode se arriscar a tudo destruir.
O que é o oceano? Se você nunca se fez a pergunta, saiba que agora vai encontrar a resposta. O filme é um hino à vida justamente a partir da constatação do que é o oceano. Fonte da vida, regulador do clima, guardião da diversidade. Tudo isso é verdade, mas, a par das informações científicas, existe algo mais que o filme também busca revelar. São momentos de cortar o fôlego. A câmera nada junto, grudada ao grande tubarão branco, desfazendo o mito do predador dos mares. É algo tão impressionante que a imagem dificilmente deixará de integrar as emoções inesquecíveis que o espectador - o cinéfilo - pode ter no cinema.
Filmando em todo o mundo, usando tecnologia de ponta, Perrin e Cluzaud propõem uma sensação rara. É como se o espectador vivesse entre os peixes, como se fosse, ele próprio, um peixe. Penetrar a 10 nós no coração de um cardume de atuns, acompanhar os golfinhos nas suas loucas cavalgadas, nadar agarrado à barbatana do tubarão branco. Mais de 50 anos depois de O Mundo do Silêncio, de Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, Perrin e Cluzaud fizeram grande cinema na sua investigação dos mares. / LUIZ CARLOS MERTEN
RAYMUNDO COLARES
Quando: Terça a domingo, 10h/ 17h30 - Até 19/12. Onde: MAM. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Pq. do Ibirapuera, tel. 5085-1300. Quanto: Grátis.
POP E GEOMETRIA
Esta é a última semana para se ver a retrospectiva que o MAM dedica ao artista Raymundo Colares (1944-1986), em sua pequena sala. A exposição, com curadoria de Luiz Camillo Osorio, reúne pinturas, desenhos e um vídeo sobre o artista responsável por obras de estética que uniu o construtivismo e a pop art. A exposição ainda apresenta exemplares da série dos Gibis. Já na Grande Sala do MAM, o público pode se divertir com a gigantesca e lúdica instalação Dengo, de Ernesto Neto. / CAMILA MOLINA
TU TOCA O QUÊ?
Quando: Sábado e domingo, às 16 h - Até 19/12. Onde: Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, 5693-4000. Quanto: R$ 24.
TOCANDO A VIDA
O que eles estão aprontando na aconchegante Sala B do Teatro Alfa é mais do que uma peça: é uma festa musical, um espetáculo de sons, ritmos, percussões e harmonias. O grupo Tiquequê toca de tudo - e vai tocar você. / DIB CARNEIRO NETO
EGBERTO GISMONTI
Quando: Sábado, às 16 horas. Onde: Praça Dom José Gaspar, s/nº, Centro, Metrô República, telefone 3397-0160. Quanto: Grátis.
O BRASIL MODERNO
A oportunidade é rara. Não é sempre que se pode ver o compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti tocar de graça em São Paulo. O artista, que completou 63 anos no último domingo, é um dos representantes da linhagem mais fina de uma música moderna e se apresenta em show que faz parte da série Piano na Praça. No repertório, devem aparecer composições antológicas de Gismonti, como Palhaço, Frevo, Maracatu e Um Anjo. / LUCAS NOBILE
LULINA
Quando: Hoje, às 17 horas. Onde: Casa do Mancha. Rua Filipe de Alcaçova, s/nº, Vila Madalena, telefone 3796-7981. Quanto: R$ 8.
SARAU DA LULINA
A pernambucana Lulina festeja o ano ótimo com amigos hoje. Balada do Paulista. É ocasião única de ouvir essa digna herdeira de Rita Lee & Maria Alcina. "Apareçam pra brindar com sangue de ET e nossa tradicional sidra Cereser." / JOTABÊ MEDEIROS
DIONISÍACAS
Quando: Sexta, às 20 h - Até 20/12. Onde: Ao lado do Teatro Oficina. Rua Jaceguai, 520, 3104-0678. Quanto: Grátis - retirar ingresso 1 hora antes.
UM TEATRO À GREGA
Depois de passar por sete capitais brasileiras, Zé Celso e o seu Teatro Oficina abrem em São Paulo o projeto Dionisíacas, com quatro espetáculos. Construída ao lado do Oficina, uma arena deve receber 1.500 pessoas. / MARIA EUGÊNIA DE MENEZES
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