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São Pedro-SP será sede do Festival Nacional de Choro

Por AE
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São Paulo será, pela segunda vez consecutiva, palco de um dos mais importantes eventos da música instrumental brasileira: o 4º Festival Nacional de Choro, de 9 a 17 de fevereiro, no Hotel Fazenda São João, em São Pedro, a 190 quilômetros da capital paulista. Serão oito dias de imersão total no mais antigo e sofisticado gênero da música popular brasileira, sob o comando dos professores da Escola Portátil de Música e do Instituto Brasileiro do Choro, instituições sediadas no Rio. O festival oferece aos participantes, por uma semana, aulas, oficinas, palestras e shows, tornando-se uma espécie de ?curso intensivo? de choro. Ao reunir estudantes e profissionais num mesmo ambiente por oito dias, o evento promove um intercâmbio de experiências, produzindo iniciativas análogas em todo o País, que evidenciam o potencial multiplicador. Cada edição reúne uma média de 220 alunos de todo o Brasil, além de músicos que vêm do exterior para participar. Desde a primeira edição, em dezembro de 2004, o festival funciona como um espelho da Escola Portátil de Música, sediada na capital fluminense e dirigida por dois dos mais expressivos músicos do gênero no Brasil, Maurício Carrilho e Luciana Rabello, e conta com a participação do poeta Hermínio Bello de Carvalho, um dos professores. Todos os anos, o festival promove um show gratuito de abertura com os professores, na cidade que o acolhe, como forma de contrapartida. Durante a semana das aulas, há ainda programação de concertos, palestras, exibições de vídeos e rodas de choro. Ao fim, os estudantes apresentam em público o resultado do trabalho. O festival é gratuito para os participantes, que pagam apenas uma taxa de inscrição (40 reais) e a estadia no hotel, e recebem, no início do curso, material didático composto de apostilas e cadernos de partituras. A Escola Portátil de Música reúne todos os sábados, no Núcleo Fixo, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cerca de 600 alunos que recebem formação musical completa, incluindo teoria, prática e história, tendo como base a linguagem instrumental do choro. Ganhou esse nome porque, além de ter um núcleo fixo, se desloca para outras localidades, tendo sido promovida em cidades fluminenses como Friburgo, Cordeiro e Mendes. "A Escola também já foi ao Japão, numa experiência fantástica da Luciana Rabello em Tóquio, em 2004. A gente aqui no Brasil não tem idéia do número de jovens, e até mesmo músicos profissionais, interessados em conhecer as harmonias e aprender as técnicas dos instrumentos do chorinho", afirma Carvalho, um dos idealizadores da escola e um dos mais entusiasmados professores. "Sou muito comprometido por esse projeto. Na verdade, tenho uma paixão visceral pela Escola de Música Portátil", diz. Os objetivos principais da escola são a sensibilização e socialização por meio da música genuinamente brasileira e a qualificação para o mercado profissional da música. Os professores e coordenadores da Escola Portátil são músicos atuantes e de destaque no cenário profissional, como Luciana Rabello, Maurício Carrilho e Cristóvão Bastos. Além do Núcleo Fixo, o projeto da escola inclui outras atividades, que exploram o caráter ?portátil? para multiplicar os resultados alcançados. Uma das mais bem-sucedidas dessas atividades é exatamente o Festival Nacional de Choro, que teve três edições. É um acontecimento anual, de oito dias de duração, realizado num hotel-fazenda ou local afastado de grandes centros urbanos, no período de férias escolares, com cursos, oficinas e shows. Para a temporada de 2008, as inscrições podem ser feitas até quarta-feira pela página www.escolaportatil.com.br.

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