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Salto interativo da rede para o palco

Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

É mais do que notória a importância da interatividade entre artista e público via internet na era do MP3. Gnarls Barkley, Lily Allen e Mallu Magalhães viraram fenômenos depois de cair na rede. Porém, não é só questão de conteúdo e sorte, mas investimento. Baseado nesse conceito, o projeto Sai da Rede reúne, a partir de hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil, artistas que se beneficiaram da relação com seu público via web. Nada mais coerente que a série conte com um blog (www.saidarede.com), em que o visitante pode interagir com os artistas e ter acesso a material exclusivo.A banda carioca Letuce e o compositor e músico paulistano Marcelo Jeneci abrem a série hoje. No dia 22 dividem o palco a pernambucana Lulina e o baiano Lucas Santtana. A compositora e cantora pernambucana Isaar e o grupo paraibano Burro Morto são atrações do dia 29. E no dia 5 de abril encerram a série as cantoras e compositoras paulistas Tiê e Tulipa Ruiz.Lulina e Lucas são dois dos artistas mais ativos nessa questão da interatividade virtual. Ela compôs várias canções sobre o "dia 13", a partir de textos dos fãs, e ele disponibiliza suas músicas para o internauta criar remixes, por exemplo. "O que mais caracteriza essa geração de artistas é o acesso à internet. Tanto para a produção musical, que facilitou muito, como também principalmente pela difusão", diz Amanda Menezes, que divide a curadoria da série com Pedro Seiler. "Tivemos entre outros critérios colocar alguns nomes mais conhecidos, que a série tivesse abrangência nacional, para não ficar só no eixo Rio-São Paulo, e que fossem artistas de gêneros diversificados", diz a curadora.Outra questão importante que ela ressalta é que raramente esses novos artistas têm oportunidade de se apresentar num teatro, principalmente fora de São Paulo. Geralmente fazem shows em festivais ou em casas noturnas, com gente bebendo e conversando, tarde da noite e com som ruim. O resultado no ambiente mais tranquilo do teatro é sempre mais interessante. Prova disso, como diz Amanda, é o que houve no CCBB de Brasília, onde os shows da série foram vistos antes de São Paulo.SAI DA REDECCBB. Rua Álvares Penteado, 112, centro, tels. 3113-3651 e 3113-3652. 3ª, 13 h e 19h30. R$ 6/ R$ 3 (meia). Até 5/4

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