Salão exibe arte, antigüidade e filantropia

Sétima edição do Salão de Arte e Antigüidade começa nesta sexta-feira reunindo 75 expositores, entre joalheiros, tapeceiros, galerias de arte e antiquários. Bilheteria vai toda para associação de assistência a deficientes visuais

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Por Agencia Estado
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Um museu com tudo à venda e com direito até à visita monitorada. Com essa proposta, muito difundida na Europa, o Salão de Arte e Antigüidades chega a sua sétima edição unindo dois dos maiores prazeres da vida: apreciar e comprar. O evento começa na sexta-feira, no Clube A Hebraica. Na véspera ocorre a abertura beneficente, e a renda obtida na bilheteria (R$ 35, na quinta, e R$ 10 nos demais dias) será revertida à Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual - Laramara. Todo material exposto estará à venda, mas a pessoa só poderá levar a compra depois de encerrado o Salão, no dia 27. Serão 75 expositores entre antiquários, joalheiros, galerias de arte e tapeceiros dos principais Estados do Brasil, reunidos em 2,5 mil metros quadrados. O espaço abriga também o restaurante The Place, uma rotisserie dirigida pelo Pain de France, livraria, além de atrações complementares, como uma exposição de esculturas de Anita Kaufmann e uma floricultura. Segundo a coordenadora geral do evento, Vera Chaccur Chadad, que trabalha há seis anos ao lado de Ariane Juliani - idealizadora do Salão -, os objetos expostos chegam a ser em alguns casos exclusivos. "Tem expositor que chega a comprar a peça em janeiro, esconde e só expõe agora", conta. O acervo dos expositores é diferenciado. As galerias de arte Moderna e Contemporânea apresentarão, por exemplo, telas de importantes artistas brasileiros e estrangeiros. Os antiquários e as casas de leilões trarão itens datados desde o século XV, incluindo pratarias, telas, esculturas e tapeçarias. Designers de jóias mostrarão suas mais recentes criações, muitas delas premiadas internacionalmente. "Estou trabalhando neste projeto desde de outubro do ano passado, alguns dias depois do encerramento da sexta edição", ressalta Vera. Ariane explica que o evento não é uma simples "feirinha" e que há um trabalho de curadoria. "Priorizamos os participantes presentes no ano anterior e só incluímos aqueles que se enquadram ao regulamento de ordem que um evento deste gênero exige", afirma. O mesmo cuidado também é seguido no quesito segurança. O local será monitorado 24 horas por dia. Os visitantes do dia 22 poderão aproveitar uma palestra sobre Tapeçarias Antigas do século 15 ao século 18. Além, é claro, das visitas em grupo monitoradas, que são realizadas nas segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 14h30. Os organizadores mantêm desde a primeira edição o caráter beneficente, destinando a renda da bilheteria para a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual - Laramara, para ajudar na construção de máquinas. "Ano passado foram doadas 30 máquinas braile, além da bilheteria. Este ano completaremos este projeto e levantaremos recursos para que a entidade continue a montá-las e distribuí-las para as crianças carentes com deficiência visual", explica Vera. Clube A Hebraica ? Salão Marc Chagall ? Rua Dr. Alberto Cardoso de Melo Neto, 115 ? , Jardins ? São Paulo - SP ( (0xx11) 818-8800. www.salaodearte.com.b

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