Saem os vencedores do 18.º Prêmio Shell de Teatro

Grace Passô ganhou prêmio na categoria autor com a peça mineira Por Elise

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Por Agencia Estado
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Foram divulgados na noite desta terça-feira, em São Paulo, os vencedores da 18º edição do Prêmio Shell de Teatro - os melhores de 2005. Cada premiado recebeu um troféu em forma de concha dourada, idealizado pelo artista plástico Domenico Calabroni, e uma premiação em dinheiro de R$ 8 mil. O prêmio de melhor autor foi para a mineira Grace Passô, pelo texto da peça Por Elise. Passo foi muito aplaudida e tinha a preferência do público. Elisete Jeremias venceu na categoria especial. Ela é responsável pela direção de cena da peça Os Sertões - A luta: 1ª Parte, adaptação do livro de Euclides da Cunha. Ela, que realizou um trabalho engenhoso para a peça, chamou sua equipe durante a entrega do troféu e agradeceu a um por um. O prêmio de direção musical foi entregue a Dagoberto Feliz, por El Dia Que Me Quieras, musical do Grupo Folias. "Quero ressaltar a importância do Programa Municipal de Fomento ao Teatro. Sem o apoio desse programa, muitos trabalhos indicados aos prêmios não existiriam", destacou Dagoberto. Beto Bruel foi condecorado com prêmio pela iluminação da peça Avenida Dropsie. Iluminação, Beto Bruel, por Avenida Dropsie. E Claudia Schapira, pelo figurino de O Que Eu Entendi Do Que Tom Zé Disse. Outro prêmio entregue para a peça Os Sertões - A Luta: 1º Parte foi entregue a Osvaldo Gabrieli, na categoria melhor cenário. O cenógrafo agradeceu a toda a equipe do Teatro Oficina e principalmente a Zé Celso, a quem chama de "grande mestre". As categorias que mais emocionaram premiados e platéia foram a de melhor ator e de melhor atriz. Na versão masculina Norival Rizzo levou o prêmio Shell, por sua atuação em Coração Para Um Pé-De-Chinelo, de Plínio Marcos. Rizzo comentou ser "muito difícil fazer teatro neste País. Amo o que faço, mas para fazer o que amo tenho de fazer muitas coisas que não gosto. No teatro, não se mata um leão a cada dia; se mata um por hora", brincou. Denise Weinberg foi escolhida a melhor atriz pela mesma peça. "Viva o teatro, que o teatro é o melhor o que a gente pode fazer!", comemorou. Por fim, o prêmio de melhor direção foi para Rodolfo García Vázquez, pela peça A Vida Na Praça Roosevelt, que retrata a história de um garoto morto por traficantes no tradicional sítio paulistano. Vázquez lembrou do início dos ensaios na praça, quando seu grupo foi ameaçado por traficantes locais, que prometeram uma "banho de sangue" caso os ensaios continuassem. Ao reunir os atores, todos decidiram seguir em frente com o trabalho. "O teatro pode ser mais forte do que o tráfico; do que o dinheiro do tráfico. Pois a força do teatro é uma força de transformação pela arte", finalizou o diretor.

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