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S. Sebastião ganha parque de esculturas

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir desta segunda-feira, quatro esculturas de grande porte assinadas por Emanoel Araújo, Mario Cravo, Marcello Nitsche e Gilberto Salvador inauguram para o público a primeira etapa do Parque Escultórico de São Sebastião, que até 2004 será formado por 60 obras, instaladas em uma área de 100 quilômetros ao longo da orla marítima do município localizado no litoral norte do Estado de São Paulo. No dia 30, estão previstas a chegada das obras de Sérvulo Esmeraldo e Caciporé Torres. A distribuição das esculturas será feita em três módulos cada um deles com 20 esculturas. O projeto, criado pela Fundação Gilberto Salvador, foi aprovado pela Lei Rouanet e tem patrocínio da Petrobras, Eletrobrás e TIM, em um montante de R$ 1,5 milhão. Mas a quantia ainda pode ser aumentada a partir dos outros módulos. "O parque não será um depositário de esculturas mas um projeto que engloba todo o município", diz o artista plástico Gilberto Salvador, que criou a fundação com o seu nome. Englobar todo o município também significa que a fundação está com outro projeto para a cidade: o Centro Cultural da Figueira, ainda em processo de formatação para ser apresentado ao Ministério da Cultura. Pelo projeto, o centro terá estrutura metálica construída sobre uma área de 6 mil metros quadrados. Gilberto Salvador não quis divulgar o pré-orçamento dessa proposta. A idéia do Parque Escultórico surgiu há dois anos. Como conta seu criador, a cidade litorânea de São Sebastião foi escolhida por ser importante pólo de turistas da Grande São Paulo e do Vale do Paraíba. "Tanto o parque quanto o Centro Cultural da Figueira estarão totalmente voltados para a comunidade, localizada em uma área estratégica. Além de ser região de desembarque de petróleo, São Sebastião fica perto do Vale do Paraíba, região onde é desenvolvida tecnologia de ponta do Brasil - lá estão segmentos do ITA e da Embraer", diz Gilberto Salvador. Segundo ele, todas as obras serão doadas ao município, tornado-se patrimônio cultural de São Sebastião. A instalação das primeiras 20 esculturas, com curadoria do historiador e crítico de arte João Spinelli, ocorrerá até o fim deste semestre e espera-se que, até 2004, o Parque Escultórico esteja totalmente formado - "se o novo ministro não mudar nada na lei", diz o criador do projeto. Por enquanto, já fazem parte do projeto outros artistas plásticos brasileiros: Maria Bonomi, Caíto, Mestre Didi, Siron Franco, Rubens Gerchman, Luiz Hermano, Takashi Fukushima, Toyota, Nicolas Vlavianos, Carlos Breseghello, Gilmar Pina, Megume Yuasa e Irineu Garcia. Como conta Gilberto Salvador, cada um dos artistas recebeu sinopse do projeto, chamando a atenção para o fato de as obras serem públicas e, ao mesmo tempo, sobre a questão do perecimento das esculturas, uma vez que sofrerão os efeitos do clima litorâneo. A fundação sugeriu que os artistas usassem aço "cortain" - que tem carga maior de cromo para aniquilar a oxidação -, o aço inox, a pedra e o tijolo. Ao mesmo tempo, cada artista recebeu verba de R$ 40 mil para executar suas esculturas. "As obras terão entre 4 a 5 metros e a maior delas, por enquanto, foi concebida por Maria Bonomi, que criou uma peça horizontal feita em concreto com cerca de 15 metros de comprimento e 3 de altura", exemplifica Salvador. Uma exposição com as primeiras 20 maquetes estará em cartaz até o dia 2 na Secretaria de Turismo, Esportes e Cultura da cidade - Avenida Dr. Altino Arantes, 174, centro.

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