Ronaldo vira personagem da Turma da Mônica

Além do jogador, também Herbert Vianna inspira novo tipo de Mauricio de Souza, que está cheio de planos para sua turma em 2004: museu, telecurso, bibliotecas móveis, programas na TV e a volta ao cinema

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Por Agencia Estado
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O apetite da Magali fugiu de vez do controle. Planos infalíveis pipocam como nunca na cabeça de Cebolinha. Novas invenções surgem em ebulição inédita no laboratório de Franjinha. O quadrinista Mauricio de Sousa e seus personagens da Turma da Mônica anunciam para 2004 uma verdadeira maratona de produção. Para julho está prevista a estréia do Cine-Gibi Turma da Mônica - O Filme - 7º longa-metragem produzido pelo estúdio do cartunista e o primeiro desde A Turma da Mônica e a Estrelinha Mágica, lançado em 1988. Os planos para o cinema correm paralelamente à intenção de concretizar vários outros projetos. O mais ambicioso parece ser a criação de uma espécie de museu da Mônica no prédio de seis andares, na Rua do Curtume (na Lapa), que sedia a Mauricio de Sousa Produções. Além disso, estão na pauta da empresa: o lançamento de novos personagens - entre eles o jogador Ronaldinho e o deficiente físico Paralaminha (em homenagem à Herbert Vianna) -, a produção de um programa educativo para a tevê e a construção de bibliotecas móveis. Tudo isso sem mencionar a continuidade da soberania no mercado editorial de quadrinhos. Mas falar o quê? Os gibis da Turma da Mônica vendem 2 milhões de exemplares por mês e esse número representa 70% do setor. A rentabilidade, no entanto, não chega nem perto do lucro que o império do cartunista tem com o licenciamento de mais de 2 mil produtos que levam a marca da Turma da Mônica - desde fraldas até comida para cachorros. Por que a Turma da Mônica ficou tanto tempo longe dos cinemas? Mauricio de Sousa - Quando parei, o País estava em convulsão econômica. Mas agora acho que esse filme e os demais vão estourar a boca do balão. Já temos cinco engatilhados. O segundo será A Turma da Mônica em Viagem no Tempo. E os planos para a TV? Consegui uma brecha na Rai e a Mônica quintuplicou o ibope do horário. Agora os outros países também querem: Espanha, Grécia, Alemanha... Talvez agora o sr. tenha mais facilidade de emplacar o produto no Brasil. Sim. Tenho projeto de fazer uma série de alfabetização e já abri conversação com as tevês educativas do Brasil. E como será o personagem Ronaldinho? Eu e o agente do Ronaldo ainda não combinamos como iremos adiante com o material. A idéia é fazer um gibi? A idéia é fazer tudo. Pensa em tudo. Desenho, longa-metragem, boneco... Lógico: vamos usar tudo que sabemos para fazer um trabalho, talvez, inédito. E o Pelezinho? Pendurou as chuteiras? Estamos conversando com Pelé e tentando fazer o Pelezinho voltar para o papelzinho. E será que, pelo menos no gibi, Ronaldinho e Pelé podem jogar no mesmo time? Seria lindo, não é? Já imaginou os dois craques no ataque? E o projeto da biblioteca móvel? Os 6 ônibus já estão em construção. O sr. guarda 50 exemplares das revistas que já lançou. Pensa em fazer algo com esse acervo? Pela primeira vez, falo na Rua da Mônica. Tenho um projeto de transformar esse pólo num museu para visitação com restaurante, teatro, cinema. Quero o projeto pronto até o início de 2005. E os novos personagens? Estou criando personagens portadores de deficiência - uma menina cega chamada Dorinha e um menino deficiente físico, o Paralaminha, em homenagem ao Herbert Vianna. Vou lançar também Os Amazônicos, ligados à floresta amazônica.

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