Roberto González Echevarría: literatura latinoamericana, beisebol e a memória de Cuba

PUBLICIDADE

Por Lucia Guimarães
Atualização:

O crítico literário Roberto González Echevarría, um cubano naturalizado americano, publicou o volume biográfico Alejo Carpentier: Un Peregrino En Su Pátria, em 1977, quando voltou ao campus da Universidade de Yale onde, depois de crescer entre exilados na Florida, obteve seu doutorado. Em 1985, publicou The Voice of the Masters: Writing and Authority in Modern Latin American Literature (As Vozes dos Mestres: Escrita e Autoridade na Literatura Latinoamericana Moderna), que reflete a influência de Jacques Derrida e Paul de Man na análise de obras de autores como Julio Cortázar, Guillermo Cabrera Infante, Carlos Fuentes e Gabriel García Márquez.Seu trabalho mais conhecido, Mito y Archivo: Una Teoría de la Narrativa Latinoamericana, foi lançado em 1990 e se transformou numa referência indispensável sobre a origem do romance latinoamericano. Em 1993, veio Celestina’s Brood: Continuities of the Baroque in Spanish and Latin American Literatures (A Geração de Celestina: Continuidades do Barroco nas Literaturas Espanhola e Latinoamericana), um exame da influência do clássico La Celestina, de Fernando de Rojas, publicado em 1499, um marco da renascença literária espanhola.Em 1995, Echevarría foi nomeado Sterling Professor of Hispanic and Comparative Literature, da Universidade de Yale, em New Haven, onde pratica ocasionalmente dois esportes: discordar teoricamente do amigo Harold Bloom (Sterling Professor of Humanities and English) e se submeter ao que chama de "autêntico martírio": assistir a um jogo de beisebol com Bloom que, nos momentos mais eletrizantes foge da sala e pede que lhe contem o que se passa no campo.Sua paixão pelo beisebol e frustração como jogador inspirou The Pride of Havana: A History of Cuban Baseball (O Orgulho de Havana: Uma História do Beisebol Cubano), em 1999.Uma série de palestras em Yale foi a base para Love and The Law in Cervantes (O Amor e a Lei em Cervantes), de 2002, um livro que continua a exploração do arquivo na literatura e da lei através da obra de Miguel de Cervantes. González Echevarría participou como editor de vários volumes de literatura latinoamericana da Oxford University Press e este ano lançou Cuban Fiestas, em que mistura a lembrança da infância em Cuba com manifestações culturais ao longo de 200 anos para traçar a importância de fiesta cubana nos diferentes estágios da história do país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.