26 de maio de 2009 | 09h48
Se por um lado Rita Lee se diz realizada no palco, toda felicidade é desmistificada ao admitir, ainda hoje, que cogita ?acabar com Rita Lee? para fazer qualquer outra coisa da vida. ??Acabar? no sentido de mudar de profissão, sim, penso nisso todos os dias, desde que comecei?, afirma a cantora. O radicalismo prossegue no hábito que tem de não se ouvir mais do que o extremo necessário. ?Nada meu que já foi mixado em imagem ou som eu gosto?, justifica a artista, que se julga perfeccionista e super CDF. ?Tenho lua em virgem e só acho defeito, então, melhor não ver nem ouvir.? Mergulhada em suas contradições, a mesma Rita Lee reconhece que não se sentiria realizada em outra vida: ?Provavelmente, estaria infeliz pra caramba, obesa e frustrada?, diz.
Mas Rita Lee não é toda ranzinza e isso bem se vê ao vivo. Em frente a uma plateia lotada que a acompanha a cada verso, ela se envaidece e conta que se sente muito melhor do que aos 30. ?Balzaquiana, achei que estava no fim da vida. Me olhava no espelho e via madre Teresa de Calcutá. Uma coisa terrível?, diz do alto do palco do Vivo Rio, na gravação ao vivo. Mas isso passou e, hoje, ela se sente toda faceira. ?Eis-me aqui, aos 63 anos de idade, toda brejeira. Afinal, rock não é mesmo coisa para maricas.?
A paulista Rita Lee escolheu um palco carioca para a gravação do CD e do DVD ao vivo do Multishow. O repertório mescla hits e sucessos antigos como Cor de rosa choque, Vingativa, Mutante, e as inéditas Tão e Insônia. Na gravação, Bwana teve o refrão trocado para ?Obama?. No palco com o filho Beto e o marido Roberto de Carvalho, Rita gravou também o forró O bode e a cabra, paródia de I wanna hold your hand. As informações são do Jornal da Tarde.
Encontrou algum erro? Entre em contato