Rio seleciona projetos para um novo Circo Voador

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Por Agencia Estado
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A Secretaria de Urbanismo do Rio de Janeiro, em parceria com Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), lança hoje na sede do IAB o edital de licitação para o concurso do projeto do novo Circo Voador. No evento, que tem presença garantida de inúmeros artistas que marcaram a história do espaço, apresentam-se Jorge Ben Jor, Marcelo D2, Marcos Suzano e o grupo de música regional Rio Maracatu, entre outros. O Circo Voador foi fechado em 1996, na primeira gestão de César Maia na prefeitura do Rio de Janeiro. O prefeito alegou, na época, que o espaço não tinha isolamento acústico. No ano seguinte, Luiz Paulo Conde foi comemorar no Circo sua vitória no pleito municipal, e foi vaiado pelo público que assistia ao show dos Ratos de Porão. Durante sua gestão, o Circo foi destruído. Em 1998, os proprietários retomaram a concessão do terreno e o direito de reconstruí-lo, mas ele continua fechado. O objetivo do concurso, que tem início hoje e dura os próximos 45 dias, é chegar a uma proposta de nova arquitetura para o Circo Voador. Os arquitetos que se inscreverem também terão de solucionar o problema do isolamento acústico, apontado por Maia e pela população da Lapa como os principais problemas para o seu funcionamento. O novo Circo Voador deverá ter uma infra-estrutura para diversos eventos, como shows e festas, gafieira, escola livre de circo, exposições e lançamento de livros. Segundo o Secretário de Urbanismo, Alfredo Sirkis, o projeto inicial envolve R$ 60 mil, dividos entre o IPP e a Prefeitura do Rio de Janeiro. "O resto do investimento será definido assim que tivermos em mãos o projeto", revela. Sirkis, também autor de Os Carbonários, diz ter sido freqüentador assíduo do espaço, que agregou a juventude carioca e marcou época. Ele prevê que o novo Circo Voador será reaberto no primeiro semestre de 2002. Espaço Cultural - A reconstrução do Circo Voador era uma das plataformas da campanha de Sirkis à prefeitura do Rio de Janeiro. Ao ser convidado para assumir a pasta do urbanismo, levou seu projeto ao atual prefeito César Maia, que desta vez não se opôs. "Fizemos isso porque era uma aspiração grande da juventude do Rio", afirma o secretário. "O circo foi um local de festas, de despertar de novos valores. Um lugar tradicional no centro da cidade, cuja importância histórica e social é irrefutável", pondera.

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