''Relação de Pai e Filho me fascina''

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Em As Chaves da Casa, de Gianni Amelio, Kim Rossi Stuart faz um pai ausente que reencontra o filho. O garoto é deficiente, tem necessidades especiais. Em Questione di Cuore, Questão de Coração, de Francesca Archibugi, ele faz outro pai, que sabe que está morrendo e busca um substituto para cuidar de sua família. No longa que marcou sua estreia como diretor, Anche Libero Va Bene, ele é abandonado pela mulher e cuida sozinho do filho."Não ia fazer o papel. Era minha estreia como diretor e estava preocupado em fazer com que tudo desse certo. Mas a menos de um mês do início das filmagens, o ator contratado desistiu. Já estávamos ensaiando e ele sentiu medo, não sei. Os produtores não me deixaram alternativa - ou eu fazia o filme também como ator ou a produção seria cancelada. Havia preparado Anche Libero durante tanto tempo. Resolvi encarar."São todos filmes que tratam da relação entre pais e filhos. "Fiz filmes de diversos gêneros e estilos, representando os mais diversos papéis. Mas é um tema que me fascina e interessa. Tive uma relação muito forte com meu pai. Acho que a paternidade, sob certos aspectos, define o homem. Só é pai de verdade quem tem afeto para compartilhar, quem é responsável."Alguns diretores tiveram uma relação de paternidade com ele. "Gianni Amelio, com certeza, Antonioni, embora ele próprio necessitasse de atenção, após a doença que o deixou debilitado. Aprendi muito com eles, e outros." Kim Rossi Stuart ficou pouco tempo em São Paulo na semana passada. Veio exclusivamente para promover a Semana de Cinema Italiano que começa hoje. Viu pouco da cidade, do País. "O Brasil me fascina, a América do Sul. Mas acho que precisaria tirar uns dois anos e ficar viajando. É muita informação nova. O novo me atrai, mas é preciso tempo para dar conta." / L.C.M.

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