ESTOCOLMO - O rapper americano A$AP Rocky e duas pessoas próximas a ele serão julgados por agressão após uma briga em Estocolmo, na Suécia. O caso repercutiu na imprensa e o cantor recebeu apoio de artistas, políticos e até do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Decidi acusar de agressão os três suspeitos, considerando que os feitos constituem delito, apesar dos argumentos de que atuaram em legítima defesa", afirmou o promotor responsável pelo caso.
Ainda não se sabe a data do julgamento, que ficará com o tribunal de Estocolmo, mas ele deve ser realizado em agosto.
Conhecido como A$AP Rocky, Rakim Mayers, de 30 anos, foi detido preventivamente no dia 3 de julho juntamente a outras três pessoas que o acompanhavam por se envolverem em uma briga dias antes em uma rua da capital sueca.
Dois dias depois, um tribunal ordenou a prisão do rapper e de duas pessoas próximas a ele, sob a alegação de que havia o risco de eles fugirem para o exterior. O trio deve permanecer detido até o julgamento. Mayers pode ser condenado a até dois anos de prisão.
Cantor recebeu apoio de Donald Trump
Amigos e seguidores de A$AP Rocky qualificam a prisão do rapper como "crueldade". Quase 630 mil pessoas assinaram uma petição online para pedir a libertação dele.
Até mesmo o presidente americano, Donald Trump, se posicionou com relação ao caso. Ele disse no Twitter que havia conversado com o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, para garantir que A$AP Rocky tivesse um tratamento justo. O mandatário teria sido motivado por um apelo pessoal da empresária Kim Kardashian.
A defesa do rapper alega que ele agiu em legítima defesa após ser provocado por um pequeno grupo de pessoas que o intimidavam. Em um vídeo publicado pelo portal de notícias TMZ, A$AP Rocky derruba um rapaz ao chão e lhe agride.
Vários deputados do Congresso americano pediram à Suécia a libertação do rapper. Além disso, o embaixador americano em Estocolmo, Mark Brzezinski, afirmou que entrou em contato com o Ministério de Relações Exteriores sueco para denunciar o que chamou de "injustiça de caráter racial". O governo sueco, por sua vez, respondeu que a Justiça atua com total independência. / AFP