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Rainha achava união Dodi-Diana preocupante, diz mordomo

Por PAUL MAJENDIE
Atualização:

O mordomo da princesa Diana, Paul Burrell, disse na quarta-feira que a rainha Elizabeth lhe disse que ficara preocupada com a possibilidade de a princesa ter um relacionamento de longo prazo com Dodi al Fayed. Em seu terceiro dia de depoimento no inquérito que apura as causas da morte de Dodi e Diana num acidente automobilístico em Paris, em 1997, Burrell contou que após a morte de Diana pediu para ser recebido pela rainha porque estava preocupado com o fato de a mãe de Diana, Frances Shand Kydd, estar picotando tantos documentos da princesa. Quando pressionado no tribunal a revelar o que a rainha lhe disse nesse encontro, Burrell, relutante, disse que a rainha estava preocupada com a idéia de que Diana tivesse ficado um pouco "superagitada". Indagado o que a rainha disse sobre uma união de longo prazo de Diana com Dodi, Burrell respondeu: "Sua Majestade estava preocupada em relação ao futuro". O pai de Mohamed al Fayed, pai de Dodi, acha que a morte dos dois foi encomendada pelo príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth. Seu advogado, Michael Mansfield, perguntou a Burrell sobre as sugestões de que o príncipe Philip, conhecido por cometer gafes de mau gosto como brincadeira, teria dito que Dodi era "um sujeito seboso que pula de cama em cama." O mordomo respondeu: "Ele (o príncipe) cometeu alguns enganos no passado. Não posso imaginar que ele tenha dito isso". O sumiço de documentos confidenciais da corte levou o juiz Scott Baker a lançar um aviso na quarta-feira a qualquer pessoa flagrada removendo provas. A cópia feita por um advogado de alguns documentos, incluindo o depoimento de uma testemunha e uma carta confidencial de Paul Burrell, desapareceu e foi encontrada mais tarde na escada do primeiro andar da Real Corte de Justiça, onde o inquérito está sendo realizado.

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