NOVA YORK - Um total de quatro mulheres denunciaram o diretor canadense Paul Haggis de abuso sexual, sendo que três delas apresentaram um processo civil nesta sexta-feira, 5, em Nova York. A primeira acusação foi feita na Suprema Corte da cidade no dia 15 de dezembro do no passado pela publicista Haleigh Breest, que o denunciou por ter abusado dela em 2013, quando tinha 26 anos.
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Haggis, de 64 anos, também apresentou uma denúncia contra Haleigh naquele mesmo dia, negando as acusações e afirmando que ela "pedia milhões de dólares" para evitar que fosse demitida.
No novo processo, em que as vítimas permanecem anônimas, a queixa ressalta que "desde que a senhora Breest apresentou uma denúncia, outras três mulheres vieram à luz e denunciaram Paul Haggis por violação e abuso sexual".
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De acordo com o relatório, uma das mulheres, uma publicista que trabalhou com o cineasta em um programa de TV, afirma que foi atacada em 1996 durante uma reunião, a qual ele exigiu que fosse feita em um escritório isolado. Ela o acusa de tê-la beijado à força, antes de forçá-la a fazer sexo oral nele e estuprá-la.
Haggis teria abusado da segunda mulher em 2008 quando ela quis propor a ele uma ideia para um espetáculo durante uma reunião no escritório do diretor. Ele tentou beijá-la, mas ela conseguiu escapar.
A terceira vítima, uma jovem que se reuniu com Haggis em um festival de cinema, afirmou que ele abusou dela em 2015. Segundo o relatório, o diretor também tentou beijá-la e depois a agarrou enquanto ela tentava fugir em um táxi. Ela só teria escapado dele quando bateu no cineasta enquanto entrava no prédio dela.
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Para o escritório de advocacia Emery Celli Brinckerhoff & Abady, que está por trás do caso, esses testemunhos mostram que Haggis "é um predador em série que vem atacando mulheres há anos".
A agência de notícias AFP entrou em contato com Christine Lepera, advogada de Haggis, que não se pronunciou de imediato. Depois, em um comunciado enviado ao site Deadline, ela disse que o cineasta "nega as acusações anônimas" e qualificou o novo processo como "uma nova tática para prejudicá-lo e (...) obter dinheiro".