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Quatro gerações e uma homenagem ao ator brasileiro

'É um vício de quem estudou Ciências Sociais. Não fiz o filme para refletir sobre o País, mas está tudo na tela', diz Betse de Paula

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Por Redação
Atualização:

Betse de Paula agradece à produtora Marisa Leão, que lhe devolveu, como diz, 'a visibilidade'. Durante muito tempo, a roteirista e diretora buscou parcerias para fazer Vendo ou Alugo. É o caso raro de um filme em que a locação, a casa, surgiu antes de tudo. O roteiro e o elenco foram sendo moldados já com a locação definida. A casa representa, obviamente, o Brasil. "É um vício de quem estudou Ciências Sociais. Não fiz o filme para refletir sobre o País, mas está tudo na tela", diz Betse.Marisa, leonina por temperamento - e não só no nome - ajudou bastante. Ela criou as condições para Betse fazer o filme que queria. Propôs mudanças, palpitou na realização, mas, como explica, "o filme é da Betse. Em nenhum momento pensei em mudar a escritura dela. Se o filme tem de ter a cara de alguém, é do diretor".Na coletiva, Marisa brincou com sua diretora. "Quero fazer uma denúncia. Essa mulher explora a filha desde criança." Beatriz Morgana, filha de Betse, faz a novíssima geração da família do filme. Bia tem estado em cena nos filmes da mãe desde que era pequena. E não há ninguém mais feliz por isso.Talvez por ser atriz numa família de artistas - o pai, Zelito Viana, é diretor; o irmão, Marcos Palmeira, é ator (e está no filme) -, Betse já pensa no diálogo como algo vivo, falado. Quando escolhe atores, ouve e faz modificações para que as falas fiquem na embocadura de quem diz.São quatro gerações de mulheres - e atrizes - em cena. Nathalia Timberg, Marieta Severo, Sílvia Buarque e Bia Morgana. Três veteranas - Carmem Verônica, Daisy Lúcidi e Ilka Soares - fazem as 'tartarugas', amigas de jogo de Nathália. E o estreante Juan Paiva faz o Coisa Ruim. O filme também é, por meio de todos, uma homenagem ao ator brasileiro. / L.C.M.

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