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Palco, plateia e coxia

Quando outubro chegar

Um dos destaques é a estreia da companhia chilena Cia de La Laura Palmer, com a montagem Los Que Vinieron Antes

Por João Wady Cury
Atualização:

E vai chegar e, quando chegar, outubro será tempo de festa. Para o teatro, pelo menos, que vai ver se completar a primeira década do Núcleo de Dramaturgia Sesi – grupo que tem sido determinante para a formação de novas gerações na escrita e pensamento dramatúrgico nacional. O ciclo deste ano leva o nome de Dramaturgia e Experiência e discutirá a diferença entre experiência e experimento com uma série de eventos de 16 a 20 de outubro, no Centro Cultural Fiesp. Começará com a palestra A aventura nômade da escrita do filósofo Peter Pál Pelbart, dia 16, às 20h, no palco do Teatro do Sesi-SP. Logo depois a coordenadora do curso de dramaturgia, Marici Salomão, lança o livro Sala de Trabalho.

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VAI TER MUITO MAIS 

A obra de Marici toca o coração porque reúne um compilado do processo de implantação do curso e caminhos utilizados para a construção e consolidação de uma dramaturgia contemporânea nestes dez anos. Não é coisa para amadores; pois demanda rigor e disciplina. Entre 17 e 19, o ator Matteo Bonfitto dará o workshop Dissecando experiências: ambivalências dramatúrgicas. E o evento encerra-se dia 20, às 16h, com a participação de ex-alunos do núcleo contando suas experiências antes, durante e depois do curso, como Zen Salles, Gustavo Colombini, Angela Ribeiro e Carol Pitzer. Quem media a conversa é a dramaturga Michelle Ferreira.

O dramaturgo e diretor João das Neves Foto: REPRODUÇÃO DO VÍDEO

LAST FAMOUS WORDS  Morto dia 24 passado, o diretor João das Neves (acima) lega para o futuro uma última entrevista, feita recentemente para o documentário Jornada de um Imbecil, 50 anos de Entendimento. O filme comemora a efeméride: a primeira montagem da peça Jornada de um Imbecil até o Entendimento, de Plínio Marcos, em 1968, dirigida por João das Neves, com Milton Gonçalves, Ary Fontoura, José Wilker, Denoy de Oliveira, Jorge Cândido e Teca Calazans no elenco. “É um texto muito oportuno porque exatamente mostra esse caminho que foi realizado pela sociedade brasileira todos esses anos”, diz no filme João das Neves, uma das lideranças dos Centros Populares de Cultura (CPC) e fundador do Grupo Opinião. NEW OLD WORDS No rastro do doc virá a remontagem da peça de Plínio Marcos, ambos projetos do produtor Fernando Trauer. Estreia prevista para 9 de novembro, no Centro Cultural São Paulo, com direção de Helio Cicero e, no elenco, estão Jairo Mattos e Fernanda Viacava.   CHILENOS À VISTA Outubro trará também a mostra em homenagem aos idosos (1.º de outubro) no Sesc. Um dos destaques é a estreia da companhia chilena Cia de La Laura Palmer, com a montagem Los Que Vinieron Antes, sobre um neto que conversa com os avós sobre trabalho, aposentadoria e morte.

3 perguntas para Brian Penido Ross

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O ator e diretor Brian Penido Ross Foto: MÔNICA ROSSETO

1. O que é ser ator? Um tipo de doença: em vez de ir viver a vida, a gente se tranca e fica fingindo que vive a vida dos outros.

2. Parece com que personagem?

Eu queria me parecer com o Hamlet, mas me pareço com o Polônio, pai da Ofélia.

3. Como gostaria de morrer em cena?

Já morri na peça Querô, de Plínio Marcos, com um tiro de festim. 

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