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Quadro de Tarsila vai a leilão por R$ 430 mil

Óleo sobre tela Grande Nu, de 1922, é o destaque do pregão da Dutra Leilões, que acontece hoje e amanhã

Por Agencia Estado
Atualização:

A Dutra Leilões vai realizar hoje e amanhã, a partir das 21h50, um leilão que tem como destaque o quadro Grande Nu, de Tarsila do Amaral. O óleo sobre tela terá lance inicial de R$ 430 mil. Há ainda muitos outros nomes importantes da arte brasileira - Di Cavalcanti, Portinari, Pancetti, Bonadei e Segall. Como diz o leiloeiro Luiz Fernando Dutra, os preços são secundários. "A vantagem de comprar em um leilão é que os preços começam aquém dos praticados pelo mercado." Há 18 anos ele trabalha nesse negócio, sua casa de leilões está voltada a obras de arte brasileira e peças de antigüidade de vários momentos, excluindo, porém, pinturas contemporâneas. Objetos imperiais - como curiosidade, Dutra cita que entre os itens já apresentados em sua casa estiveram três uniformes de d. Pedro II -, mobiliário, peças de porcelana da Companhia das Índias, pratas e metais, vidros e cristais estão no catálogo. No caso do leilão que ocorrerá hoje e amanhã, o quinto deste ano realizado pela casa, muitas são as pinturas. A tela de Tarsila é datada de 1922, "o ano mais importante para a arte brasileira porque a Semana de Arte Moderna foi a grande virada", diz Luiz Fernando Dutra. Tarsila a pintou em Paris. "É um quadro mais acadêmico, um dos trabalhos de suma importância", completa o leiloeiro. Como diz inscrição no catálogo do leilão, a tela apresenta em seu reverso etiquetas do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC), "indicando participação na exposição Tarsila 50 Anos de Pintura, realizada em 1969". Esse é um dos 270 lotes que serão apresentados no local. Alguns renderam mais de oito meses de negociações. Há também pinturas de Francisco Rebolo - paisagens e natureza-morta -; Mar Grande, de 1954, de José Pancetti, que terá lance de R$ 90 mil; Menino Dormindo (1960), de Candido Portinari, que sairá com preço inicial de R$ 70 mil. Outra, do mesmo artista, Operário, de 1946, começa a ser apreciada por R$ 290 mil. Há ainda obras de Antonio Bandeira, Maria Leontina, Samson Flexor, Alfredo Volpi, Vicente do Rego Monteiro, Antonio Gomide, Mário Zanini e Benedito Calixto.

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