26 de fevereiro de 2015 | 02h07
Tomadas. O filme premiado do mexicano, Birdman, é bom. Sua proeza técnica mais comentada - o filme é feito no que parece ser uma única tomada, sem cortes, do começo ao fim - já tinha sido realizada pelo Alfred Hitchcock em Festim Diabólico ou coisa parecida. Como os rolos de negativos da época (1948) só duravam dez minutos, Hitchcock se obrigou a grandes malabarismos para disfarçar os cortes. Brian de Palma também gostava de tomadas longas, embora nunca, que eu saiba, fizesse um filme inteiro com uma tomada só. E o mais recente exemplo de tomada inacreditável foi no filme argentino O Segredo dos Seus Olhos em que a câmera começa focando um estádio de futebol do alto, vai descendo, descendo e acaba enquadrando em close o rosto de um homem no meio da torcida do Racing, sem que se note quando a câmera do helicóptero vira a câmera do close. De certa maneira, Hitchcock também foi um grande homenageado na noite dos Oscars.
Cuidado. Entre as muitas razões para se assistir ao Porta dos Fundos estava a Leticia Lima, rara combinação de beleza e talento, e - mais raro ainda - talento para a comédia. Li que ela foi contratada pela Globo, ainda não se sabe para o quê. Olhe lá o que vão fazer com a moça, Globo!
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