
15 de abril de 2013 | 10h46
Transformado em série de 80 minidocumentários, "Realce" vai ao ar às segundas, quartas e sextas-feiras, às 20h10, com apresentação de André Di Biasi, outro ícone daqueles dias. O áudio e a textura de imagem podem não ser lá essas coisas. São cenas que denunciam os 30 anos - uma eternidade para a tecnologia - que distanciam a origem do material dos dias digitais de hoje. Quem se importa? Rever as cabeleiras de Lobão, Débora Bloch e Lulu Santos (que chegava a perder os óculos escuros entre os cachos) não tem preço.
"Fizemos muitas entrevistas e encontros musicais com gente que as emissoras maiores ainda nem assediavam, mal sabiam quem eram aquelas pessoas", orgulha-se Ricardo Bocão, ao lado de Antonio Ricardo. Pais da ideia, os dois apresentavam e produziam o "Realce", que ia ao ar pela Record, no Rio, e por diferentes emissoras em outras regiões. Foram eles que fundaram o Woohoo, em 2006, para unir cultura jovem, música, moda e esportes de ação. A geração Y nem existia em 1983, mas o embrião do Woohoo está lá, nas páginas de "Realce", título parido como tabloide antes de ser TV.
Bocão e Antonio estavam na MTV quando ela cá chegou e passaram 12 anos no SporTV, até fundar o Woohoo, reconhecido pela Ancine como "canal qualificado brasileiro". Trata-se de um selo exigido por lei para 1/3 dos pacotes de canais da TV paga.
12 estreias em 12 meses - Mas a reprise de "Realce" é só a estreia de um pacote que prevê 12 novos programas em 12 meses, um para cada folhinha do calendário. A seguir, o Woohoo apresentará o "Flow", voltado à cultura hi-hop. Outro título em produção é o reality "COB 2": em uma cobertura em Ipanema, Chico, o Pescador, oferecerá uma refeição, fruto da pescaria do dia, preparada pela chef Maria Antonia Bocayuva.
Para a dita segunda tela, aquela da internet que vê TV, o Woohoo bate bumbo sobre a superação da marca de 1 milhão de fãs no Facebook, no qual o canal tem apresentado conteúdo diferenciado do que se vê na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.