
29 de setembro de 2010 | 00h00
Para a montagem, o tempo vai ser o mesmo, o da paciência. Mas deixar o filme "descansar" não significa que os diretores não tenham ideia do que vai ser visto na tela. "Da escolha dos planos à edição, tudo foi pensado como uma ficção clássica. Enquanto filmávamos, fazíamos uma pré-montagem para testar o funcionamento. Agora é dar o corte final. Mas tudo será feito sem pressa."
Em se tratando de um filme da Teia, pressa é palavra que não entra. Famoso por trabalhar o tempo de seus filmes como um "observador ativo", o coletivo foi criado em 2002 por Helvécio, Clarissa, Leonardo Barcelos, Marília Rocha, Sérgio Borges e Pablo Lobato. "Não foi uma escolha "estética", mas prática. Já trabalhávamos cada um em sua casa. Um dia resolvemos que, para facilitar, alugaríamos uma casa e trabalharíamos juntos. E nasceu a Teia", conta a dupla. "Claro que há uma forma de pensar comum que nos une. E que um participa do projeto do outro. Mas cada um tem uma forma particular de filmar."
Além de Girimunho, a Teia trabalha atualmente em diversos outros projetos, como a finalização do primeiro longa de Borges, Cidades Invisíveis, e do novo curta de Lobato, Queda.
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