Primeiro dia traz moda ciber, feminina e oriental

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Por Agencia Estado
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No primeiro dia do evento foi a vez da grife V. Rom. O estilista Vitor Santos, inspirado na biotecnologia, nos remete à urbanidade na mais perfeita estética futurista. O filme exibido ao fundo da passarela antes do desfile com imagens fragmentadas de grandes edifícios já anunciavam a coleção moderna. Os looks pareciam cibernéticos e até as sandálias eram transparentes, com saltos de acrílico. Para homens, as blusas vinham na altura dos quadris, muitas vezes sem manga, com destaque para capuzes e calças com altura logo abaixo do joelho. Irreverente, a grife brinca até com a geometria, incorporando os símbolos de 45º e 90º a suas peças. Para as mulheres, as saias estão abaixo dos joelhos e o vestido tomara-que-caia preto na mesma altura mantêm-se como sinônimo de elegância. Vermelho, azul, cinza, verde, preto e amarelo são os destaques da cartela de cores. Plissados, curvas e recortes dão toques refinados às peças que invadirão as vitrines do País. O cor-de-rosa, tão associado à figura da mulher, foi pano de fundo para o desfile de Fábia Bercsek. Inspirada no "riot", que hoje significa atitude feminina em divulgar novos conceitos deste universo, a estilista cria peças muito sensuais e ousadas. Pontas assimétricas transparentes compõem formas volumosas. Nos tecidos, tricô, couro, georgettes; organza e musselina. Saias e shorts minúsculos deixam o corpo à mostra, arrematados por laços laterais que resgatam a feminilidade. As bermudas estão acima dos joelhos, e com corte de calças sociais. Recortes vazados figuram em toda a coleção e sapatos, cintos, leggings e mangas apresentam detalhes de tiras. As saias também aparecem pregueadas nas pontas e justas nos quadris com costura oblíqua. Resgatar as influências orientais é a proposta da coleção de Mario Queiroz, que pela primeira vez na Semana de Moda se dedica exclusivamente a composições masculinas. Para isso, estampas de ideogramas japoneses foram as referências. A sobriedade do visual monocromático preto foi quebrada por cintos na cor cobre. O diferencial ficou por conta do comprimento das calças, na altura das canelas. Camisas justas e sem manga foram predominantes no desfile, além de blusas com capuz combinadas a sungas. O look praiana primou por muita estampa floral e cores fortes como turquesa e pink. Os acabamentos artesanais foram destaque na coleção de Carlota Joaquina que contou com muitos patchworks, no mais perfeito visual tropical. A meia arrastão apareceu rasgada como bermuda por baixo de micro shorts, como manga ou mesmo usada de maneira mais tradicional como meia ¾. Tecidos com aspecto de laminados invadiram a passarela, compondo peças sem muito acabamento. O material vinha com formas inusitadas, como a reinvenção do tradicional tailleur- agora com vários bolsos laterais no blazer e micro saia. A sensualidade feminina é muito explorada pela estilista Carla Fincato, que abusou de costas à mostra em modelos de frente-única, tomara-que-caia com cordões nas costas e macacões micro que também evidenciam esta parte do corpo.

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