Prédio do Masp é tombado pelo Iphan

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Por Agencia Estado
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Em reunião ordinária de seu Conselho Consultivo, ontem em Brasília, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu tombar o Museu de Arte de São Paulo, o Masp. O tombamento do prédio e do seu mobiliário completam a proteção federal ao edifício, que já tinha o acervo tombado. A reunião foi polêmica, já que havia dois pedidos de tombamento. O primeiro, feito em 1999 pelo Instituto Lina Bo e Pietro M. Bardi, pedia a inclusão dos cavaletes de vidro projetados com o prédio pela arquiteta Lina Bo Bardi. O segundo, do arquiteto Júlio Neves, presidente do Masp, pedia que os cavaletes não fossem incluídos no texto. O Iphan resolveu contemporizar. Tombando o mobiliário, evita que sejam causados danos aos cavaletes, assim como impede qualquer modificação no museu. Mas não obriga a direção a usar os cavaletes, para não engessar conceitos museológicos. "O Masp é um símbolo de São Paulo e a preservação do museu é fundamental para que a gente possa, preservando nossos valores, construir o futuro", afirmou a secretária estadual da Cultura, Cláudia Costin. Maior museu de arte da América Latina, o Masp atrai arquitetos e estudiosos do mundo todo a São Paulo, dada sua configuração original e seu vão livre, de 74 metros quadrados, além do rico acervo. O edifício foi projetado por Lina em 1958, para abrigar o museu criado pelo empresário Assis Chateaubriand na década de 40.

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