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Prédio da Mesbla será centro cultural do Sesc

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sesc São Paulo anunciou hoje a aquisição do prédio da antiga Mesbla na confluência das Ruas 24 de Maio e D. José de Barros, no centro. A compra, feita ao BCN Leasing, foi efetivada em leilão e o Sesc informou apenas que deu R$ 1,5 milhão de sinal, pagando o restante em três anos. O Sesc planeja instalar um grande centro cultural no prédio, que tem 18.761 metros quadrados. O edifício da antiga Mesbla está justamente encravado no quadrilátero definido pela administração de Marta Suplicy (PT) como prioritário para projeto de recuperação do centro. "Isso é uma tentativa, uma idéia que vimos perseguindo há anos, de ter uma unidade grande do Sesc, atualizada, com esse perfil moderno do Sesc de hoje, no centro da cidade", disse Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo. "É a maior concentração de comerciários e empregados de empresas de serviços do País", afirmou Miranda. A nova unidade do Sesc deverá ficar pronta em três anos, custará em torno de R$ 13 a R$ 15 milhões e terá 13 pavimentos, com um teatro (provavelmente no subsolo) com 350 lugares. O projeto da unidade estará a cargo do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, prêmio Mies van der Rohe de arquitetura e um dos mais celebrados profissionais do País. O Sesc São Paulo tem 30 unidades no Estado de São Paulo e festeja 55 anos em setembro. Sua atuação na área da cultura, lazer e entretenimento supre deficiências crônicas do Estado no setor. No centro da capital paulista, a instituição possui unidades pequenas nas Ruas do Carmo e Florêncio de Abreu. "São unidades com concepções da década de 50, e nós precisávamos de um centro moderno e com capacidade para atender a região", disse Miranda. Fechado desde 1998 e abandonado após a falência da Mesbla, em fevereiro do ano passado (na época, isso causou a demissão de 3.500 pessoas), o prédio era cobiçado por muita gente. No mês passado, a presidente do Sindicato dos Permissionários do Município de São Paulo (Sinpesp), Josefa Viana Nogueira, visitou o local com a intenção de transformá-lo num shopping popular, para instalação de comércio de ambulantes. Ultimamente, o edifício servia como uma espécie de "balcão de empregos", com as grades de suas portas sendo utilizadas como um mural de anúncios.

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