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Poucos cortes de atrações

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Por Redação
Atualização:

"É possível fazer excelentes exposições com menos dinheiro", diz Mah. Foto: Phe/Divulgação

 

 

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No ano passado, o PhotoEspaña (PHE) apresentou 74 atrações e teve orçamento de 3,3 milhões. O montante de dinheiro usado este ano para as 69 exposições ainda não foi divulgado. A seguir, em entrevista por e-mail, o diretor artístico desta edição do festival, Sérgio Mah, faz pequeno balanço do evento.

Como foi realizar o PHE 2010 num ano de crise econômica na Espanha? Houve algum tipo de corte de atrações e publicações?

  Houve cortes, mas não afetou a programação. Penso que um curador tem de estar preparado para trabalhar e programar em situações de precariedade econômica. É possível fazer excelentes exposições com menos dinheiro.

Como enxerga a história do festival e como o compara a outros festivais europeus?

Penso que a consolidação do PhotoEspaña se deve a 3 fatores: acredito que a primeira razão seja a qualidade das exposições; depois, o fato de ser um evento que soube se posicionar num panorama mais abrangente, o da arte contemporânea em geral, ou seja, que soube atravessar o campo mais circunscrito da fotografia e dos fotógrafos; por fim, por ter lugar numa cidade com enorme consumo cultural.

Vejo um interesse particular pela década de 1970 em sua curadoria. O que há de particular na poética desse período?

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Os anos 70 marcam uma etapa recente que nos ajuda a perceber o momento histórico em que vivemos. E isso é evidente em termos sociais e políticos, mas também termos artísticos. Além disso, as exposições com obras do período dão-nos a perceber como a partir dos anos 70 o horizonte da fotografia em contexto artístico se abriu para novas possibilidade discursivas e plásticas.

A fotografia é um gênero que estimula publicações. Como são selecionadas as mostras que renderão livro editado pela La Fabrica, que está por trás do festival?

Tentamos produzir o máximo de livros relacionados com as exposições. A seleção depende sobretudo do tipo de mostra e do orçamento disponível.

Por Camila Molina

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