Pottermore chega ao Brasil no início de 2013

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Por Redação
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FRANKFURT - Fãs de Harry Potter podem esperar para janeiro ou fevereiro o lançamento da plataforma digital Pottermore, criada por J.K. Rowling como um espaço de entretenimento e também para venda dos e-books do bruxo. A notícia foi dada pelo CEO da empresa Charlie Redmayne durante a conferência Publishers Launch, que reuniu profissionais do mercado editorial nesta segunda-feira pré-Feira de Frankfurt para debater o livro digital. "O Brasil é um território tão grande e não sei porque não fizemos isso antes. Vamos traduzir e site e lançá-lo com a loja virtual", contou ao Caderno 2. Livreiros brasileiros já foram procurados. Durante todo o dia, palestrantes se revezaram em conversas sobre os mais diversos temas relacionados aos e-books. Não é de hoje que se comenta que se as editoras não assumirem seus projetos digitais e não se colocarem no jogo, logo virá alguém da área de tecnologia e ocupará o espaço vago. E este será um caminho sem volta. Se antes as Big 5 - nome pelo qual são conhecidos os maiores grupos editoriais do mundo - eram Hachette, HarperCollins, Macmillian, Penguin e Simon & Schuster, hoje, para o consultor Benedict Evans, elas são a Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft. "Elas podem dominar a indústria do livro, mas não se importam com ele. A Apple vende devices e aplicativos. O Google é buscador e vende anúncio. A Amazon é e-commerce em grande escala. O Facebook, rede social, e a Microsoft, tecnologia", resume.Nos últimos dois anos, o mercado editorial passou pelas mudanças mais dramáticas de sua história, acredita Peter Hildick-Smith, presidente do grupo Codex. Ele apresentou números recentes referentes aos Estados Unidos. Lá, 57% da população lê tanto livros impressos quanto digitais, 41% só os tradicionais e 2% já migrou totalmente para o e-book. Outro dado: em 2010, 31% dos compradores de livro faziam sua escolha em lojas físicas; hoje, o porcentual caiu para 17%. Tablet é o aparelho de leitura preferido de 49% dos entrevistados. 31% responderam que leem em tablets e e-readers e 21% preferem os e-readers.Um painel reuniu profissionais da Índia, China, Rússia e Brasil (Carlo Carrenho, editor do Publishnews). São países de realidades diversas, mas que têm despertado interesse do mercado internacional. Cada um está no seu tempo, e todos estão no segundo pelotão do livro digital./ M.F.R.

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