
08 de janeiro de 2012 | 07h00
Além disso, Daniel tinha um enorme interesse pelo Brasil e pela cultura brasileira, e não apenas com o que vinha de fora. Certamente tínhamos divergências, que eram também temas de nossas conversas. Mas essas discrepâncias em nenhum momento impediu uma amizade que durou mais de doze anos. Ele escrevia sobre muitas coisas no calor da hora, às vezes se arriscando a fazer comentários apressados ou inadequados. Os jornalistas que lidam com a cultura sabem que isso é inevitável. Mas correr esse risco é um ato de coragem. Sem dúvida, a curiosidade, a vitalidade e a energia intelectual de Daniel Piza eram incomuns. Mais incomum foi a notícia de sua morte, que repercutiu como algo absurdo. Como é absurdo e doloroso perder precocemente um amigo.
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