Polícia recupera telas roubadas de Edvard Munch

A aquarela Vestido Azul e duas litogravuras do pintor norueguês foram encontradas menos de 24 horas depois de roubadas de um hotel

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Por Agencia Estado
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Menos de 24 horas depois de terem sido roubadas, as obras de um dos principais pintores da Noruega, Edvard Munch (1863-1944), foram recuperadas pela polícia e os ladrões presos. Entre as obras, estava a aquarela Vestido Azul e duas litogravuras. Todas foram roubadas da parede do restaurante de um hotel no domingo. O roubo aconteceu sete meses após duas das mais célebres pinturas do artista, O Grito e Madonna terem sido roubadas do Museu Munch, em Oslo, em um assalto a mão armada. Essas telas ainda não foram encontradas. Hoje, as autoridades policiais fizeram várias prisões em Oslo, a capital da Noruega, incluindo criminosos conhecidos, disse o porta-voz policial Iver Stensrud. O porta-voz se recusou a informar quantas pessoas foram detidas ou a fornecer detalhes sobre as condições em que a pintura e as duas litogravuras foram encontradas, enquanto a investigação não estiver totalmente concluída. "Nós podemos dizer que as obras foram recuperadas", disse. "Foi um bom trabalho da polícia". As três obras roubadas no domingo à noite da parece do restaurante do Hotel Refnes foram avaliadas em cerca de ? 200 mil ou US$ 257 mil. A mais célebre, a aquarela Vestido Azul, de 1915, tem um valor estimado de ? 121,5 mil, ou US$ 160,8 mil, segundo o especialista em obras de Munch, Knut Forsberg. As outras duas litogravuras eram um auto-retrato e um retrato do dramaturgo, escritor e poeta sueco August Strindberg (1849 - 1912). Munch é um dos principais representantes do Expressionismo do século XX. Ele morreu em 1944, aos 80 anos, tendo produzido cerca de 1.700 pinturas e 30 mil gravuras. O proprietário do hotel onde as obras estavam, Widar Salbuvik, disse que os ladrões usaram uma espécie de pé de cabra para retirá-las da parede logo depois que local foi fechado. O hotel fica próximo da cidade de Moss, distante cerca de 50 quilômetros ao sul de Oslo. Um empregado do hotel estava caminhando pelo restaurante no domingo, quando surpreendeu dois homens desarmados com as obras de arte, que não tinham nenhuma espécie de seguro, segundo informou o porta-voz da polícia Jan Pedersen. Eles deixaram cair uma das obras e quebraram a moldura e o vidro para retirar a pintura", disse Pedersen. A polícia passou então a procurar dois homens de cabelos escuros e de aproximadamente 20 anos. O Grito e Madonna foram roubadas em plena luz do dia, em agosto, e jamais encontradas. Em 1994, uma outra versão da tela O Grito foi roubada na National Gallery em Oslo, e foi recuperada poucos meses depois. Separadamente, Pedersen e Stensrud descartaram a possibilidade de ligação entre os ladrões. "Não há evidências de conexão entre os ladrões, mas nós estamos em contato com a polícia de Oslo para checar isso", disse o policial. "Parece uma moda entre os ladrões roubar Munch", disse o proprietário do hotel, Salbuvik. Ele disse também que o sistema de alarme estava desligado. O hotel fica localizado na ilha de Jeoloey, onde Munch viveu e trabalho entre 1913 e 1916, e no total, o hotel tem cerca de 400 obras de Munc em sua coleção, além de obra de Andy Warhol, entre outros artistas. Construído em 1767, o hotel vai continuar exibindo obras de arte, apesar do roubo, porque é importante para seus hóspedes, segundo Salbuvik. Visite o site do Museu Munch

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