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Polêmica na estréia do Big Brother" mexicano

Por Agencia Estado
Atualização:

A estréia do Big Brother mexicano no domingo, chamado por lá de El Gran Hermano, está causando mais do que polêmica, revolta entre os anunciantes. A contenda se dá entre a Televisa, cujo proprietário é um dos magnatas mais ricos da América Latina, Carlos Slim, e um dos principais grupos financeiros do país, liderados por Claudio X González, assessor financeiro presidencial, que repudia o ?reality show?. Big Brother soma-se aos programas ?que exploram as mais baixas paixões humanas?, segundo um boletim divulgado hoje e assinado pela associação civil ?A Favor do Melhor?, que reúne 2, 4 mil organizações civis, inclusive os grupos financeiros mais importantes do México. A Direção da Rádio, Televisão e Cinematografia (RTC), censora governamental, disse que estará atenta para que o programa Big Brother não viole a lei com suas transmissões. A Televisa pagou mais de US$ 7 milhões pelos direitos de transmissão de El Gran Hermano, cuja produção custou até agora US$ 14 milhões. Segundo cálculos da Televisa, o programa deveria ser a principal fonte de arrecadação da emissora, superando o que a emissora espera arrecadar com a transmissão da Copa do Mundo. Porém, a Televisa enfrenta um bloqueio publicitário de 28 grandes anunciantes, entre eles, Banamex e Bancomer, principais grupos financeiros do país e a papelaria Kimberly Clark, que rechaçam a transmissão de El Gran Hermano. A empresa européia Unilever, proprietária da Pond?s, Rexona, Axe, Knorr, Hellmans e Calvin Klein se somou ao bloqueio publicitário declarado ao Big Brother pela Pepsi, Colgate, Bimbo, Hasbro, Quaker, Johnson e Fuji Film, entre outras empresas. A Televisa, dirigida por Emilio Azcárraga Jean, realiza ?roads shows? para atrair anunciantes, confiando que o cerco publicitário seja rompido por Teléfonos de México (Telmex), a empresa de Carlos Slim, sócio da emissora. Segundo informes jornalísticos, as empresas que estão dispostas a patrocinar o programa são Terra, Nokia, LG, Sucos del Valle, Schering-Plough, Furor, Boy London, Clairol e Oggi Jeans. Big Brother foi criado pelo holandês John de Mol, da empresa Endemol, cujo valor no mercado supera os US$ 5 milhões e forma parte de uma nova estratégia de programas televisivos exportáveis.

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