
19 de agosto de 2014 | 16h47
Indicada ao prêmio Nobel de literatura, ela foi agraciada com o título informal de “Leoa do Irã” pela coragem que mostrou diante da censura oficial, segundo seus admiradores.
Depois de quase duas semanas no hospital Tehran Pars, ela morreu em decorrência de problemas cardíacos e respiratórios, de acordo com a agência estatal de notícias Irna. Ela estava quase cega.
“Até agora eu disse o que tinha a dizer, sempre disse que sou contra a morte, contra a matança e contra o aprisionamento”, declarou ela ao serviço persa da rede BBC em 2012.
Ela expressou uma oposição ferrenha à prática do apedrejamento, forma de pena capital raramente utilizada.
Behbahani acrescentou sua voz aos manifestantes que foram às ruas após a polêmica eleição presidencial de 2009 para protestar contra uma suposta fraude eleitoral ao escrever o poema “Parem de atirar meu país aos quatro ventos”.
Ela verbalizou os ânimos esperançosos, e depois desconsolados, do Irã contemporâneo pós-revolução, usando a forma poética conhecida como gazel, existente há 1.100 anos.
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