Pixinga, eterna surpresa

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Por Lucas Nobile
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Gênio completo, por suas facetas de compositor, instrumentista e arranjador, Alfredo da Rocha Viana Filho (1897-1973) é venerado pelos amantes da boa música brasileira, referência para músicos e até "santo" para mestres como Vinicius de Moraes. Hoje, no dia em que ele, conhecido por todos como Pixinguinha, completaria 114 anos, não à toa se comemora o dia nacional do choro. Entre os diversos eventos e homenagens pelo País, está o disco Pixinguinha para Flauta e Sax, lançado pela Choro Music.A editora e selo de gravação já havia dado provas de seu zelo com a preservação do patrimônio cultural nacional, com os lançamentos de songbooks e discos relativos a obras de nomes importantes como "o pai do choro" Joaquim Callado, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Altamiro Carrilho.No ano passado, a Choro Music já havia lançado o songbook com as partituras dos 12 temas que compõem o disco que chega agora ao mercado brasileiro e no exterior, sempre com as edições bilíngues (português e inglês). O que atendia mais aos iniciados, agora dialoga com os iniciantes e o público em geral. "O disco foi pensado para as pessoas que não tocam também. Muita gente vivia pedindo um CD como este, apenas para ouvir, não só para tocar junto", diz Isabella Leite, diretora executiva da editora.Com projeto bem cuidado, Pixinguinha conta com conjunto de base (nos moldes das formações dos regionais) e solistas que dispensam apresentações, como Carlos Malta, Léa Freire, Mário Sève, Toninho Carrasqueira, Andrea Ernest Dias e Daniela Spielmann. Sem abusar dos improvisos, o álbum cumpre com a intenção didática de familiarizar o ouvinte com a linguagem do choro, sem perder a quentura e o lirismo das criações de Pixinguinha.

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