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Palco, plateia e coxia

Pinter e as 20 peças curtas

Harold Pinter em vida não era bolinho, textos arrasadores e ativista político. Agora é defunto passados dez anos de sua morte. Não importa. É eterno na lista dos dramaturgos mais importantes do século passado, incluso o Nobel de Literatura em 2005.

Por João Wady Cury
Atualização:

Morte é celebração, ainda mais para os ingleses. De 6/9 a 23/2 de 2019, pela primeira vez suas 20 peças curtas se alternam no palco no Harold Pinter Theatre sob nome meigo: Pinter at the Pinter. Talentoso que só, o dramaturgo criou voz própria cruzando diálogos claros e diretos, silêncios incômodos e incomunicabilidade entre humanos. Não é à toa. A marca tem nome: pinteresque. Viva Pinter como tradutor de nossas vidas.

O autor Harold Pinter. Nobel de 2005 Foto: THE NEW YORK TIMES - 8/7/2001

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Mais British 

Esses ingleses são de morte, Pinter à parte. Enquanto a Broadway aguarda ansiosamente o dia 10 de junho, data da entrega do Tony Awards, basta dar uma olhada na lista dos candidatos a melhor ator: um americano, Denzel Washington, que deve perder, contra quatro ingleses. São eles Jamie Parker (Harry Potter e a Criança Amaldiçoada), Mark Rylance (Farinelli e o Rei), Tom Hollander (Travesties) e Andrew Garfield (Angels in America).Othello no Parque 

E a invasão britânica continua com a estreia de Othello, de Will Shakespeare, no festival Shakespeare in the Park, do Delacorte Theatre, dia 29, no Central Park. O ator britânico de origem nigeriana Chukwudi Iwuji é o protagonista e Corey Stoll chega como Iago. Shakespearianos de carteirinha. 

Lindona Perde

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Mas nem só de dramas e violência vivem os norte-americanos. Sucesso dos anos 90 no cinema, o filme Pretty Woman ganhou adaptação para o palco e estreia em 20 de julho no Nederlander Theatre. Não se empolgue, mortal, nada de Julia Roberts e Richard Gere. Quem faz a dupla tem talento, mas é pouco conhecida por aqui, Samantha Barks e Steve Kazee.  Leopoldina e Bonifácio

A arquiduquesa austríaca, depois imperatriz brasileira pelas mãos do marido, d. Pedro I, e José Bonifácio de Andrade e Silva chegam ao palco do CCBB de São Paulo dia 26 na peça Leopoldina, Independência e Morte. Sara Antunes (foto) e Joca Andreazza dividem o palco para mostrar três momentos da moça na história do Brasil. E o melhor: seis sessões semanais, exceção das terças, até 21 de junho.

Cena de 'Leopoldina, Independência e Morte' Foto: VICTOR IEMINI

Baldios nos Bastidores

Os dramaturgos e diretores Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, fundadores da companhia Os Satyros, são os convidados do Encontro com o Espectador, dia 27 de maio, no Itaú Cultural. A conversa com a plateia será mediada pela crítica Beth Néspoli, do site Teatrojornal, e um dos temas é O Incrível Mundo dos Baldios, nova montagem da companhia, em cartaz até agosto no Espaço Satyros.

3 Perguntas para ...

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Yara de Novaes, atriz e diretora

1. Por que teatro? É através dele que eu atuo diante da vida, que assisto e intervenho, que eu exijo e experimento. 

2. O que é ser atriz? É ver-se tendo como ponto de partida e de chegada aquela e aquele que não sou eu.

3. Com qual personagem se parece?  Não sei, qualquer um defeituoso e humano, com uma boa história e alguma poética.

A atriz e diretora Yara de Novaes Foto: JOÃO CALDAS FILHO
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