Pinacoteca: maratona de mostras marca troca de direção

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Por Agencia Estado
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Como homenagem aos 448 anos de São Paulo, lançamento da programação de eventos de 2002 e também uma maneira de encerrar a gestão de Emanoel Araújo como diretor do museu, a Pinacoteca vai inaugurar no domingo, a partir das 12 horas, oito exposições de arte, abrigará dois lançamentos de livros e CD e vai oferecer um show com Tom Zé. Entre as mostras que serão abertas ao público, três se destacam: Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, que reúne 36 dos 100 trabalhos entre painéis, quadros e esculturas que serviram de cenário para a revista eletrônica da TV Cultura; Vinde Espírito Santo, com 40 obras entre gravuras e afrescos de Edemar José de Almeida; e A Sagração do Marfim, que traz 200 peças do Museu Histórico Nacional, do Rio de Janeiro. A exposição do Metrópolis tem curadoria de Tadeu Chiarelli e direção do chefe de Redação do programa, Hélio Goldsztejn. É a primeira vez que a Fundação Padre Anchieta abre sua coleção ao público. No início do programa, em 1988, os artistas eram convidados a produzir uma obra especialmente para servir como parte do cenário durante um determinado tempo. Depois desse período, cada um doava sua obra para a fundação. Atualmente, a produção do Metrópolis vai a ateliês e galerias e seleciona um artista (consagrado ou não) para expor seus trabalhos no programa. "Desse modo, a fundação passou a ter um dos acervos mais ricos de arte contemporânea brasileira", diz Goldsztejn. Para se ter uma idéia, entre os artistas selecionados por Tadeu Chiarelli estão Lygia Pape, Leda Catunda, Anonio Dias, Carmela Gross, Maria Bonomi e Amilcar de Castro. "O interessante é que esses trabalhos têm uma duplicidade de funções: funcionam como elementos de um cenário e, ao mesmo tempo, são obras de arte atemporais. Foram feitos para serem vistos na televisão e, por isso, suas cores estruturais são o vermelho, azul e verde", diz o curador. Segundo ele, a grande jogada é que a exposição propicia ao público um contato direto com as obras que só viu na TV. Como a mostra não pôde abrigar todo o acervo - devido às grandes dimensões dos trabalhos -, o Metrópolis fez um vídeo com as trechos das inaugurações de cada uma das obras no programa. Entre as outras sete exposições, há também São Paulo - 25.000 Habitantes, com fotografias preto-e-branco que retratam a cidade no século 19.

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