
23 de março de 2012 | 10h17
Interessante é observar que foi justamente uma brasileira a escolher, e oferecer, alegria. "Quando ele perguntou aos bailarinos o que gostaríamos de oferecer ou fazer para Pina, me veio imediatamente à cabeça esta cena de Trauerspiel, minha primeira produção com Pina", contou à reportagem esta brasileira, a bailarina carioca Regina Advento, que entrou para a trupe depois de passar por uma audição em 1990 no Rio, quando Pina estava no País se apresentando em São Paulo e no Rio. Ela procurava homens, mas Regina foi selecionada. Três meses depois já estava na Alemanha, onde mora até hoje.
Para ela, que dá seu depoimento em português no filme, ainda que seja uma grande homenagem a Pina, foi uma experiência muito triste participar do documentário. "Começamos o filme em um momento muito doloroso da história da cia. Depois de tudo reestruturado, escolhemos os números e Wenders, os lugares onde os faríamos. Fiz também uma música com o texto que escrevi em Varsóvia, exatamente depois que soubemos da notícia da morte de Pina. Ele queria muito gravar a música para o filme, mas infelizmente no fim a minha música não entrou. Fiquei um pouco decepcionada com isto", revela Regina, que vê no filme a grande possibilidade de levar o trabalho da companhia a um público que talvez nunca sairia de casa para ver um espetáculo de dança.
Não por acaso, para ela, além de unir o palco ao cinema, Wenders teve a grande sacada de levar a dança para ?o mundo?. "O que mais gosto são de todas as cenas feitas fora do teatro." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
PINA - Direção: Wim Wenders. Gênero: Documentário (Alemanha/França/Reino Unido/2011, 103 min.) Classificação: 12 anos.
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