Petrobras investe R$ 4 mi em 13 projetos de artes visuais

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Por Agencia Estado
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Seis projetos do Rio, quatro de São Paulo, dois do Nordeste (Pernambuco e Ceará) e um do Rio Grande do Sul foram selecionados pelo programa Petrobras Artes Visuais, que privilegia a arte contemporânea. A novidade é a destinação de verbas para aquisição de acervo, item não contemplado nas leis de incentivo cultural e sempre reclamado por artistas e produtores culturais. Os Museus de Arte Moderna (MAM) do Rio e de São Paulo estão neste caso e o Museu de Arte Contemporânea (MAC), de Niterói, vai dar bolsas a artistas pesquisadores, que vão doar uma obra à instituição. Este ano, a empresa investirá R$ 4 milhões nesse programa, mas a verba prevista é de R$ 12 milhões, até 2003. Os 13 projetos foram selecionados entre 824 inscritos no fim do ano passado. Segundo o gerente-executivo de Comunicação Institucional da empresa, Ricardo Bastos Vieira, todos os novos patrocínios serão decididos por meio de concursos. "Estamos prevendo 12 ações no Brasil, seis na área cultural, e o restante dividido entre esportes, meio ambiente e social", adiantou ele. "Fora do Brasil, estaremos na Argentina e Bolívia, países onde já temos parcerias comerciais." Além da compra de acervo, a Petrobras vai patrocinar seis exposições e/ou performances: a 3.ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em Porto Alegre e Caxias do Sul; o projeto Arte/Cidade, com intervenções urbanas de artistas e arquitetos; o Espaço Alpendre, com exposições e visitas de ateliês em Fortaleza; uma retrospectiva itinerante do artista plástico Ivens Machado; o Paço das Artes, de São Paulo, e o projeto Umidades, de Brígida Baltar, com performances filmadas e fotografadas, no Rio. Há ainda a preservação do acervo do crítico Mário Pedrosa, hoje em poder de sua família; a produção de vídeos educativos sobre a arte brasileira a partir dos anos 50; e a manutenção de uma cooperativa de artistas coordenada por Ricardo Basbaum. No Recife, a Fundação Joaquim Nabuco teve aprovado um projeto envolvendo formação de acervo de videoarte e exposições. Pelo regulamento, os projetos deveriam ser orçados entre R$ 10 mil e R$ 750 mil, mas nenhum atingiu esses extremos, tendo havido negociações com os escolhidos para adequar planilhas de custos às exigências da Petrobras. A próxima área a ser contemplada pela estatal será o cinema de curta-metragem. Em junho serão divulgados os nove de curtas-metragens em 35 milímetros para cinema selecionados entre 670 projetos inscritos no programa Curta Petrobrás. Um cineasta brasileiro consagrado será convidado a dirigir o décimo filme. Ainda neste mês, serão abertas inscrições para curtas destinados a mídias digitais (televisão e Internet) e, no segundo semestre, a Petrobrás começa a receber projetos de artes cênicas. A empresa não divulgou quanto vai investir em patrocínios em 2001.

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