
12 de novembro de 2012 | 02h07
A novela de Cláudia Lage e João Ximenes Braga expõe o caso de Laura/Marjorie Estiano e Edgar/Thiago Fragoso como drama vivido por milhares de brasileiros na época. Luciane conta que em 1890, "após a proclamação da República, foi instituído o casamento civil, que se tornou obrigatório." Mas a situação dos pares infelizes ficou na mesma. "Por força do Decreto 181, os casais tinham direito ao divórcio" (sim, ela reafirma a legitimidade do termo para a época), " mas a indissolubilidade do matrimônio foi mantida, ou seja, o divórcio no período de Lado a Lado existia apenas no papel."
A batalha pelo divórcio começou a ser travada no final do século 19, ela lembra, quando os deputados Lopes Trovão, Casemiro Jr., Leopoldo Bulhões e Guimarães Natal apresentaram uma emenda ao Decreto 181, que permitiria aos separados contraírem um segundo matrimônio, o que não foi aprovado. E cita os livros Divórcio?, da escritora Andradina Oliveira, de 1912, e A Divorciada, de Francisca Clotilde, de 1902, como parte da luta.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.