Até o fim deste mês, Marcelo Tas dá uma palinha de seu Varella (e também do saudoso professor Tibúrcio) no sagrado espaço da Terça Insana, no Avenida Club - hoje é dia. Na ocasião, Tas faz uma breve compilação da História do Brasil segundo Ernesto Varella, título que cumpriu temporada no Rio e chegará a São Paulo logo após a Copa. Para o Terça Insana, Tas selecionou a exibição de um flash-back bem oportuno para ano de Copa e eleições: é a entrevista feita com Nabi Abi Chedid, vice-presidente da CBF, em 1986 - e hoje ocupante do mesmo cargo, o que o faz concluir que o Brasil mudou pouco - quando o repórter quer falar sobre política e é acusado de ser um "mau brasileiro" por Nabi. Dá gosto de ver o cinismo de Varella diante da agressividade do entrevistado. Também para o semestre que vem está previsto o lançamento de uma nova edição de um primoroso DVD com vários programas que deram fama a Varella nos anos 80. Longe do bê-á-bá convencional, ele aborda políticos, jornalistas e anônimos. A primeira edição desse DVD, já esgotada, só foi distribuída para universidades e instituições públicas. Valdeci, o célebre personagem que representava o câmera de Varella, aliás, teve dois de seus mais expressivos intérpretes sentados na platéia do Terça Insana, na semana passada: o cineasta Fernando Meirelles e Toniko Melo, hoje um dos principais diretores de publicidade do Brasil, também da O2 Filmes. Após o espetáculo, Meirelles arriscou um palpite a Tas. Disse que ele está abandonando sua antiga turma para virar um homem de teatro. "Tomara que ele esteja certo", falou Tas ao Estado.