
20 de dezembro de 2010 | 00h00
Marão, assim como José Hamilton Ribeiro, Luiz Fernando Mercadante e outros, acabariam voltando em meados de 1969, para a segunda fase. "Até tentamos recuperar aquele primeiro momento, mas o entusiasmo já não era o mesmo", lamenta Marão. O terceiro e último momento foi marcado por uma mudança mais radical, quando a editora optou pela redução do tamanho da publicação e pela implantação de um modelo editorial no estilo da Seleções, do Readers Digest.
A ideia inicial de Marão era reunir apenas textos daquela primeira fase, mas José Hamilton fez questão de duas reportagens que assinou no segundo momento, "Qual é o seu mundo, Chico Xavier?", de novembro de 1971, e "Chico põe nossa música na linha", de fevereiro de 1972, um bate-papo dele com Chico Buarque (assinado também pelo músico). Além de escritos dos dois jornalistas, há alguns poucos de colegas dos três primeiros anos de Redação: Narciso Kalili ("Revolução na igreja", de outubro de 1966), Sergio de Souza ("Eu vivi o racismo nos EUA", de setembro de 1968), Eurico Andrade ("A cidade vai comer", de dezembro de 1967) e Paulo Patarra ("Ninguém manda nestas crianças", de janeiro de 1968).
Tema de inúmeras dissertações (Marão destaca como a melhor a de Adalberto Leister Filho), a revista Realidade também já foi lembrada por outros antigos repórteres, como Carlos Azevedo, em Cicatriz de Reportagem, e Luiz Fernando Mercadante, em 20 Perfis e Uma Entrevista.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.