21 de julho de 2010 | 00h00
Timóteo interveio para pedir a palavra para o colega Luiz Ayrão, 68 anos e 42 de carreira, que fez um discurso contundente e afetivo: "Artistas famosos não vêm aos debates. Por quê? Se eles não vêm porque recebem muito, tudo bem, é compreensível, porque isso é justo, eles fazem muito e merecem. Mas não podem se colocar contra quem não recebe nada. Se o cidadão vê aqui um artista menos famoso a favor do projeto, vai dizer: mas quem é esse sujeito? Se ele é a favor, e Fulano é contra, eu também sou contra, porque Fulano é mais famoso. É preciso discutir."
Segundo Ayrão, há um senso comum segundo o qual um músico já deve se sentir bastante satisfeito por "bater numa caixa de fósforos na mesa de um bar e cantar uns sambas", e que não deve receber por isso. Para Timóteo e Ayrão, grande parte da responsabilidade pelo sucesso de um artista repousa na criatividade de compositores muitas vezes desconhecidos, e que não têm recebido o suficiente.
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