08 de agosto de 2010 | 13h24
Os diamantes foram retirados de Campbell por Jeremy Ratcliffe, ex-gerente da instituição beneficente Fundo Mandela para as Crianças, um dia depois de a modelo recebê-los. Ele temia que a britânica pudesse incorrer em crime ao levar as pedras para fora da África do Sul.
Campbell disse ao Tribunal de Haia, no julgamento do ex-governante da Libéria Charles Taylor, que ela recebeu algumas "pedras com aparência ruim" após o jantar beneficente. Mas afirmou que não sabia que se tratava de diamantes de guerra ou se o doador não identificado era Taylor.
Mosa Zondi, porta-voz da unidade investigativa da polícia sul-africana, afirmou que testes comprovaram que as pedras eram diamantes.
"Elas foram classificadas como diamantes", afirmou Zondi, acrescentando que a polícia iniciou uma investigação sobre as pedras para determinar sua origem. É crime na África do Sul ter posse de diamantes brutos.
Ratcliffe entregou as pedras na quinta-feira, pouco após o testemunho de Campbell.
Taylor tem 11 acusações sobre si, incluindo assassinato, estupro, mutilação, escravidão sexual e recrutamento de crianças durante as guerras na Libéria e na Serra Leoa, nas quais mais de 250.000 pessoas foram mortas. Ele nega todas as acusações.
(Reportagem de Marius Bosch)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.