Paulo Coelho pede a leitores que pirateiem seus livros

Autor que já vendeu milhões de cópias em todo o mundo se juntou ao site de downloads Pirate Bay

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Paulo Coelho se uniu ao site de compartilhamento de arquivos Pirate Bay pedindo para os leitores piratearem seu livros, informou nesta quarta-feira, 1, o portal do jornal The Guardian. Vendedor de 300 milhões de exemplares de suas obras em todo o mundo, segundo o jornal, o escritor chamou os "piratas do mundo" a se unirem e copiarem tudo que ele já escreveu.

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Em publicação em seu blog, Paulo Coelho comentou que aderiu a um projeto do Pirate Bay que ajuda a promover obras artísticas trocando o logo do site por um link para o trabalho do autor, acrescentando que a venda de seus livros estão crescendo desde que seus leitores começaram a compartilhá-las em sites de downloads, assinando o texto, em inglês, como "The Pirate Coelho".

O autor apoia o download ilegal de conteúdo desde que uma versão de um de seus maiores sucessos de venda, O Alquimista, foi liberado em versão em russo na internet em 1999. Segundo o The Guardian, 12 milhões de cópias do livro foram vendidas até hoje.

"Fiquem à vontade para baixar meu livros de graça e, se você gostar deles, compre uma cópia física - o jeito que nós encontramos de dizer à indústria que ganância não leva a lugar nenhum", publicou em seu blog.

Paulo Coelho está sendo elogiado pela iniciativa com comentários dos leitores no site. O autor também se manifestou recentemente contra o SOPA, projeto que pretende por fim à pirataria na internet.

"Àqueles velhos tempos, em que cada ideia tinha um dono, acabaram para sempre. Primeiro, porque o que todo mundo faz é reciclar os mesmos quatro temas: uma história de amor entre duas pessoas, um triângulo amoroso, a busca por poder e a história de uma jornada. Segundo, porque todos os escritores querem que o que eles escrevem seja lido, seja no papel, blog, panfleto ou numa parede", disse Coelho. "Quanto mais alguém pirateia um livro, melhor". 

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