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Patagônia Argentina, o antigo lar dos gigantes dinossauros

Por Agencia Estado
Atualização:

Quinze horas de filmagem na Patagônia Argentina, em busca de informações sobre os dinossauros que habitaram o local há 160 milhões de anos, estão condensadas no documentário Gigantes da Patagônia, que o Discovery Channel (Net, TVA, Sky e Directv) apresenta nesta sexta-feira, dia 9, às 23 horas. Surpreendentes descobertas revelam a importância dessa região para a paleontologia mundial, pois ao contrário do que muitos pensam, os dinossauros não habitaram somente a América do Norte, Mongólia e África. Foi na Patagônia Argentina, por exemplo, que se descobriu a existência do Gigantossauro, criatura carnívora que superou em tamanho o conhecido tiranossauro rex. A produção é dirigida por Renato Moreno, que acompanhou duas expedições, com grupos diferentes de paleontólogos, em aproximadamente 20 dias. Passando pela província de Neuquén e museus em Buenos Aires e La Plata foi possível captar imagens, entrevistas e informações que mostram como a Patagônia contribuiu para o estudo histórico dos dinossauros nos últimos dois séculos. Entre as descobertas está a existência de um dos possíveis primeiros ninhos de dinossauros herbívoros. O achado foi noticiado em abril deste ano, por paleontólogos argentinos, que encontram em Neuquén depressões contendo de 13 a 35 ovos cada uma. "Não sabemos se estes ninhos são produto da ação do animal ou da natureza, nos quais os ovos foram se acumulando", explica Rodolfo Cória, um dos paleontólogos. O documentário também fala sobre as teorias a respeito da existência de espécies de dinossauros que são exclusivas do continente sul-americano. Como o argentinossauro, por exemplo, considerado o maior saurópode (réptil) do mundo, ou o carnotauro, com estranhos chifres. Com reconstituições gráficas tridimensionais, o programa recria todo o universo das incríveis criaturas, como o bosque primitivo no sul do Chile e na Argentina, e a digitalização de esculturas em pequena escala. "Foi um grande desafio, mas realizamos um trabalho sério, reunindo centenas de desenhos e fotos de esqueletos. Creio que o resultado final é bastante realista", define o diretor Moreno.

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