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Passagem de Som

ALTA TEMPORADAO QUE VALE NO MEIO DA AVALANCHE

Por Lúcio Ribeiro
Atualização:

Nosso Glastonbury pop, nosso parque de diversões do rock, show velho, show da ultravanguarda, show velho de vanguarda, show da vanguarda velha, francês, sueco, brasileiro com cara de americano, inglês que praticamente já mora no Brasil e o Jota Quest misturado ao Queens of the Stone Age. Duvido que tenha havido no Brasil uma quantidade de shows internacionais (não só) como essa que vamos ver nos próximos meses. E, na modesta opinião da Passagem de Som, o que não se pode perder dentro da grande lista de imperdíveis é:

Fuck Buttons (São Paulo, 12 e 14 de agosto)

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Dupla de Bristol, Inglaterra, que pratica a eletrônica distorcida. Uma espécie de pós-rock dos sintetizadores, só que barulhento, balançante e agressivo. Se o futuro é sinistro, escuro, incerto e incômodo, tipo Matrix, a trilha sonora de tudo isso é Fuck Buttons.

Soko (Recife e São Paulo, no final de setembro)

Juro que essa francesinha lembra, na voz, a Mallu Magalhães. Só que na versão "descontrol". Soko se define meio folky, meio punky, meio atriz, meio nerd, meio cantora, meio faladora. Não tem descrição melhor.

Echo & The Bunnymen tocando "Ocean Rain" (São Paulo, 11 de outubro)

Banda megaimportante nos anos 80, totalmente desimportante nos anos 00, os "quatro de Liverpool", reis do pós-punk inglês lááá atrás, tocam todo ano no Brasil e isso já está chato. Mas vindo agora para fazer o show especial faixa-a-faixa do seminal álbum Ocean Rain (1985) mais os lados B, isso muda de figura. Tomara que a voz do Ian McCulloch segure o tranco.

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Kings of Leon (SWU, Itu, outubro)

- A banda da família Followill veio ao Brasil em 2005 quase desconhecida, na sombra dos Strokes. Agora, sex-simbols e arrastando multidão (de garotas), chegam ao Brasil no status de "kings" mesmo.

Miike Snow (setembro, em SP, Porto Alegre e Recife) Banda sueca, atração de festival que este colunista está envolvido, carrega a formação mais bizarra do indie atual. Tem um "Jim Morrison" na guitarra, um loiro ferrugem na bateria, um judeu ortodoxo e dois caras que parecem saídos do seriado Big Bang Theory na cozinha. Hits de rádio no primeiro disco. E um show que começa indie, fica disco e termina em rave.

Smashing Pumpkins (Planeta Terra, em SP, novembro)

- Heróis do indie nos 90, obsessão maluca do careca Billy Corgan (foto) agora nos anos 10, o Smashing volta ao Brasil com um caminhão de hits tão grande que nem se o Sepultura fizesse show de covers do SP a coisa ia ficar ruim.

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