Páscoa traz exposição de arte sacra em miniatura

José Alves de Carvalho mostra suas esculturas de inspiração religiosa em pedras e corais

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Por Teresa Ribeiro
Atualização:

Um dia José Alves de Carvalho ganhou de presente de Humberto da Costa, o tio escultor de sua então futura mulher Elvira, uma grande quantidade de uma pedra chamada calcedônia. Esse foi o ponto de partida para que o artista mineiro nascido em Cordislândia, no sul de Minas, deslanchasse uma produção constante de arte sacra em miniatura - é preciso usar lupa para ver algumas das muitas imagens, de São Francisco por exemplo, o santo do qual é devoto.

 

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"Para esse tipo de trabalho a calcedônia é única, é diferente do mármore, do granito, da pedra sabão, de todas as outras pedras", diz Carvalho.  A calcedônia é uma variedade do quartzo, considerado o mais abundante mineral do mundo e seu nome deriva do nome grego chalkedónios da antiga cidade Chalkedon (pedra de Calcedônia), localizada na Ásia, não por acaso continente onde impera a arte da escultura, da minúcia, do detalhe.

 

A pedra é dura mas permite não só o detalhe das ranhuras nas folhas como as diferentes tonalidades das pétalas das flores, pois tem diversas colorações - o rosa, verde, amarelo, branco, vermelho. "Uma rosa leva um dia para ser feita e o rosto de Cristo demora uma semana", conta Carvalho, que desde 1958 vive em São Paulo, tendo estudado artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). As obras da exposição Da Anunciação à Ressurreição - Pedras e Corais no Clube Paineiras do Morumbi foram montadas em 25 vitrines confeccionadas também pelo artista, contendo boa parte de sua coleção criada nos últimos 40 de seus 72 anos, e não estão à venda.

 

 

Exposição Da Anunciação à Ressurreição - Pedras e Corais. Av. Dr. Alberto Penteado, 605, Morumbi, São Paulo, SP. Fone: 11-3779-2000. Até domingo, 12, das 10h às 22h.

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