Parque Lage do Rio será recuperado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Considerado reserva da biosfera pela Unesco, órgão da ONU para a educação e cultura, e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), o Parque Lage, área verde de cerca de 52 hectares localizado no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio, está com seus dias de abandono contados. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio anunciou que vai investir R$ 1,4 milhão no projeto de revitalização do parque, cujo objetivo é devolver à população uma de suas principais áreas de lazer, bastante degradada depois de anos de falta de investimento. As obras, que deverão começar em agosto e têm prazo de conclusão de quatro meses, vão incluir recuperação dos muros, trilhas, jardins, aquários, portões e escadarias. As mesas e bancos dos espaços de lazer serão reconstruídos e a iluminação será intensificada. A coleta de lixo, que era falha, já está sendo regularizada, segundo o secretário Eduardo Paes. A conservação da vegetação, resquício de mata atlântica no Estado, também será priorizada. O parque foi passado à administração municipal em maio deste ano, através de convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que era responsável pelo local. Eduardo Paes criticou a antiga administração. "Eles transformaram o Parque Lage numa casa de festas suntuosas, o que ajudou a deteriorá-lo. Isso é um absurdo. Este é um espaço da cidade, não é privado", afirmou Paes. As melhorias incluem a pavimentação de uma área de 2 mil metros quadrados para construção de um estacionamento para 200 veículos; reforma dos banheiros; revisão do sistema elétrico; limpeza e recuperação dos 1,5 mil metros quadrados de lagos; reconstrução do chafariz e ainda a criação de um sistema de contenção do material orgânico da floresta (para impedir a poluição das galerias pluviais). O presidente da Associação de Moradores do Jardim Botânico, Gilson Koatz, disse que percebe a volta dos freqüentadores do parque. "Ninguém podia entrar lá porque havia muito lixo acumulado. Parecia até um depósito. Agora, gradativamente, as famílias estão voltando", contou. A associação já havia pedido ao Ibama que recuperasse o parque e que aumentasse a vigilância, uma vez que os visitantes temiam assaltos.

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